Política Titulo Santo André
Após frustrações, Siraque entra na briga à vereança

Ex-deputado sofreu dois reveses consecutivos; no pleito de 2020, disputa espaço pelo PCdoB

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
23/11/2019 | 07:48
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Denis Maciel/DGABC


Deputado estadual por três mandatos e após exercer boa parte de legislatura na condição de parlamentar federal, Vanderlei Siraque (PCdoB) voltará a disputar vaga na Câmara de Santo André em 2020. Assim como o ex-prefeito Carlos Grana (PT), Siraque decidiu entrar na chapa proporcional do partido que já sinalizou apoio ao petismo na cidade em suporte ao projeto majoritário da sigla aliada, encabeçado pela vereadora e sua mulher Bete Siraque (PT). “Serei candidato a vereador para ajudar no quociente (eleitoral) da chapa e ao projeto da Bete.”

Siraque irá retornar à empreitada local após 14 anos de hiato. A última vez em que ele participou de pleito para a Câmara foi em 1996, quando se elegeu ao terceiro mandato no município e chegou a exerceu papel de presidente da casa, durante o segundo mandato de Celso Daniel (PT, morto em 2002). “Vou disputar para valer, estou bastante motivado. Não tem constrangimento, não há problema algum em voltar a postular (cadeira) a vereador. Pelo contrário. Sempre tive orgulho de ser parlamentar”, disse. Mesmo diante de histórico de votações expressivas, ele acumula duas derrotas consecutivas a federal, em 2010 e 2014.

O ex-deputado deixou o PT em 2017 em meio à alegação de falta de espaço na legenda – pouco tempo mais tarde, anunciou migração para o PCdoB –, a despeito de ter sido escolhido candidato a prefeito em 2008. O problema, contudo, se deu em torno da adesão da militância. Apesar de apoio do então prefeito João Avamileno (ex-PT), ao vencer as prévias da vice-prefeita Ivete Garcia, houve racha, o que impactou na campanha desfavorável ao Paço.

Definido à vereança, Siraque chegou a ser sondado pelo presidente estadual do PT, Luiz Marinho, para o posto de vice na chapa articulada para ter o vereador Eduardo Leite como prefeiturável – Eduardo desistiu da empreitada. “Queremos unificar o campo político da esquerda na cidade, levantar a bandeira de políticas progressistas. Ideia é apresentar programa sólido, mostrar o legado deixado”, frisou, ao citar objetivo de o PCdoB eleger dois representantes no Legislativo. Nos bastidores, se fala de possível migração ao PT caso a chapa comunista não atinja limite adequado de candidaturas, o que ele nega. 




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