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Suíços decidem no domingo se proíbem ou liberam o aborto
Das Agências
01/06/2002 | 17:30
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Cerca de 4,5 milhões de suíços estão convocados a votar neste domingo dois textos que tratam do aborto. O primeiro descriminaliza o aborto durante as 12 primeiras semanas de gravidez. O segundo reforça uma lei em vigor, que já não é aplicada, que proíbe o ato.

O projeto de descriminalização, aprovado pelo Parlamento em setembro de 2000 e março de 2001, é apoiado pelo governo federal, preocupado em acabar com a diferença que existe entre a lei de 1942 e a prática. O governo também quer pôr fim às disparidades entre os Estados do país.

Esse projeto pretende legalizar a interrupção voluntária da gravidez durante as 12 primeiras semanas caso a mulher se encontre em uma situação de risco e apresente um pedido por escrito.

Segundo a primeira pesquisa feita por uma emissora de televisão suíça, 63% dos entrevistados aceitariam o projeto, 24% não aceitariam e 13% estão indecisos. Por outro lado, 57% das pessoas entrevistadas rejeitariam outro texto, uma iniciativa popular apresentada por movimentos antiabortos, que tem 31% de opiniões favoráveis. Essas organizações sugerem endurecer a lei de 1942 e autorizar a interrupção somente se o perigo para a vida da mulher for "iminente de natureza física e impossível de evitar".

Em caso de violência sexual, a vítima somente poderia aceitar a adoção do bebê. Desde os anos 70, a maioria dos Estados suíços autoriza a interrupção da gravidez interpretando de forma flexível a lei de 1942, que permite a uma mulher abortar em caso de perigo para sua vida e se receber diagnósticos médicos favoráveis.




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