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Casa Branca diz que gravação de Bin Laden é autêntica
Da AFP
23/10/2007 | 13:36
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A gravação do líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, difundida na segunda-feira é autêntica e demonstra que o grupo terrorista perdeu terreno, afirmou a Casa Branca nesta terça-feira.

"Agentes da inteligência acreditam que a gravação é autêntica e que se trata mesmo de Osama bin Laden", afirmou a porta-voz do governo de George W. Bush, Dana Perino.

"Parecem as palavras de um líder, um terrorista da Al Qaeda, tentando recapturar algo de terreno perdido", afirmou Perino.

A estratégia americana no Iraque "de levar a luta ao inimigo e pressionar a Al Qaeda está surtindo efeito", acrescentou, reconhecendo, no entanto, que ainda há um longo caminho pela frente.

Apelo- Em uma gravação divulgada na noite de segunda-feira pelo canal de TV Al-Jazeera, Bin Laden pediu aos líderes dos combatentes sunitas no Iraque que se unam e evitem uma divisão.

Na mensagem a seus "irmãos combatentes no Iraque", Bin Laden pediu que cumprissem seu “dever de união".

"Meus irmãos, emires dos grupos de mujahedines, os muçulmanos esperam que vocês se unam para promover a justiça", acrescenta a gravação. Ele chamou ainda "os homens de fé sinceros" a "se esforçarem para unificar os combatentes".

Ao divulgar a gravação, a televisão do Qatar mostrou uma fotografia do líder da Al Qaeda, de barba grisalha e com a cabeça coberta por um turbante branco.

A última gravação do chefe da rede havia sido divulgada em 20 de setembro pelo SITE, um organismo especializado no monitoramento de sites islâmicos. Neste vídeo, Bin Laden declarou guerra ao presidente paquistanês, Pervez Musharraf, aliado dos Estados Unidos.

Campanha- Segundo fontes americanas e iraquianas no Iraque, milhares de iraquianos se juntaram nos últimos meses a uma campanha dirigida pelo comando americano para mobilizar comunidades locais e garantir a ordem em diversas regiões do país.

Este "despertar" cidadão foi inspirado pelo sucesso da experiência realizada no oeste do país pelo xeque sunita Abdul Sattar Abu Richa, morto em 13 de setembro num atentado da Al Qaeda. Abu Richa havia conseguido convencer as tribos sunitas contrárias à ocupação americana a se unirem contra as células locais de extremistas ligadas à Al Qaeda.

Os clãs locais tinham duas motivações: rejeitar a violência cega da rede de Bin Laden e receber os incentivos materiais e financeiros concedidos pelos governos americano e iraquiano. Bagdá prometeu investimentos nas regiões pacificadas de Al-Anbar, Salaheddin e Al-Multaqa.

Esta campanha americano-iraquiana também começou em regiões mistas sunitas-xiitas, como a província de Diyala, onde a influência das tribos é muito grande. A experiência também está sendo aplicada na periferia sunita de Bagdá.

 




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