A Unesco (Organizaçao das Naçoes Unidas para a Educaçao, a Ciência e a Cultura) e a ESA (Agência Espacial Européia) fazem essas afirmaçoes no informe intitulado "Ética e espaço extra-atmosférico".

O informe se pronuncia por uma limitaçao da poluiçao causada pelas atividades espaciais e afirma que é preciso aplicar um regulamento para o lixo espacial. Ele preconiza que os dados sobre o meio ambiente devem ser postos à disposiçao dos "países menos afortunados" porque, assegura, é necessário para seu desenvolvimento.

As duas organizaçoes assinalam que as técnicas espaciais poderiam servir para livrar a Terra dos detritos mais perigosos, enviando-os ao espaço, colocando-os em uma órbita circunsolar de capacidade de armazenamento ilimitada. Mas, advertem, as condiçoes de segurança devem ser totalmente asseguradas.

O informe quer também regulamentar a vigilância eletrônica a partir do espaço, a utilizaçao comercial deste, a propriedade dos materiais embarcados. Ele será apresentado à Comest (Comissao mundial de ética dos conhecimentos científicos e tecnologias", um órgao da Unesco criado em 1998 para elaborar as bases de uma "espacioética".