A gravadora Vartan Jazz (tel.: 815-7150), que agora chega num suplemento de 18 CDs ao Brasil, nasceu há cinco anos, inspirada pelo Vartan Jazz Club, montado por Vartan Tonoian em Denver, Colorado, nos EUA, um local especialíssimo que une clube, restaurante e um moderno estúdio de gravaçao. Daí a característica básica do selo, a das gravaçoes ao vivo lá realizadas em condiçoes excepcionais.

Mais: Vartan é armênio e foi um dos pioneiros do jazz na ex-Uniao Soviética, quando fundou, nos anos 80, o bar de jazz Bluebird, em Moscou, que apresentou muita música brasileira. Nesta década, Vartan transferiu-se para os EUA, onde conheceu o baterista Claudio Slon.

Desta conexao armênia/brasileira/jazzística nasceu o bar em Denver, a gravadora e os vínculos com a música instrumental brasileira.

Uma panorâmica interessante e abrangente pode ser curtida com o álbum duplo Best of Vartan Jazz, que traz ao menos uma performance de cada um dos CDs em catálogo. Assim, por exemplo, do lado eslavo, vale a pena ouvir o conhecido trompetista Valery Ponomarev em Credi Me; o pianista Mark Soskin no standard Yesterdays; e o excepcional clone de Bill Evans, o pianista sueco Stefan Karlsson, coadjuvado por dois ex-parceiros de Evans, o contrabaixista Eddie Gómez e o baterista Eliot Zigmund, em She Was Good to Me; há ainda o pianista Milcho Leviev em Autumn in New York e Claudio Slon em Bernie`s Tune.

Do lado brasileiro, o bom, mas convencional pianista Aloisio Aguiar, em trio num CD dedicado só a Jobim e em quarteto no balançante CD Jive Sambas. O melhor mesmo fica por conta de alguns itens mais ortodoxos, do ponto de vista jazzístico. É o caso do excepcional CD assinado pelo saxofonista Lew Tabackin em trio com Kenny Walker no contrabaixo e Bill Goodwin na bateria.

O primeiro lote já está disponível, e o preço de cada CD é de R$ 32.