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GM propõe suspender contrato de 100 funcionários por 5 meses
Roney Domingos
Do Diário do Grande ABC
04/08/2003 | 22:31
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A GM propôs na segunda-feira a suspensão do contrato (lay-off) de 100 funcionários da unidade de São Caetano. A medida teria sido adotada para compensar a baixa adesão ao PDV (Programa de Demissão Voluntária) encerrado em julho.

A GM esperava cortar 200 horistas, mas apenas 50 deixaram a empresa. A montadora promete absorver 50 empregados excedentes caso o sindicato aceite suspender outros 100 por um prazo que poderá chegar a cinco meses.

Neste período, os trabalhadores ficariam em casa e receberiam mensalmente o equivalente a 80% dos salários.

As informações são do vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Francisco Nunes Rodrigues. Ele disse que teve uma reunião na segunda-feira à tarde com o representante da empresa, Fernando Garcia.

A assessoria de imprensa da GM informou que a empresa não comentaria o assunto. Nunes disse que uma nova reunião foi agendada para esta terça-feira, às 14h. Por causa do horário, uma eventual assembléia para apresentar as propostas para os funcionários da fábrica seria realizada apenas na quarta-feira à tarde no horário de entrada e saída das turmas de trabalho. Qualquer medida referente ao assunto precisa ser referendada por uma assembléia de funcionários.

A GM alega que tem excedentes por causa da queda das vendas no mercado interno, mas Rodrigues afirma que a linha de produção em São Caetano trabalha em ritmo acelerado por causa das exportações. De acordo com ele, a fábrica que tem capacidade para montar 38 carros por hora monta, atualmente, 30 carros por hora.

“Nós ainda vamos tentar convencer a GM a manter o banco de horas”, disse Rodrigues. Ele acredita que se a empresa adotar a flexibilização da jornada no mês de agosto antes de tomar qualquer medida mais drástica, haveria tempo para que começassem a aparecer os resultados das reuniões da recém-lançada câmara setorial do setor automotivo. “Mas a GM não quer usar o banco de horas porque alega que os funcionários já têm saldo devedor entre 80 e 100 horas.”

Mesmo que os trabalhadores aceitem o lay-off a GM manterá aberto o PDV para horistas. De acordo com Nunes, a empresa deverá abrir também um novo programa de demissão para os mensalistas porque no último deles houve adesão de apenas quatro funcionários.

Possibilidades – A GM ameaça com a possibilidade de abertura de um lay-off desde o início de julho, mas o sindicato afirma que na segunda-feira foi a primeira reunião formal para discutir o asssunto.

O vice-presidente da GM, José Carlos Pinheiro Neto chegou a dizer que o lay-off poderia ser descartado na ocasião em que estimatava a adesão de 110 funcionários ao PDV.




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