A arrecadação da última campanha do McDia Feliz ficou aquém do esperado e a inauguração propriamente dita da Casa de Apoio à Criança com Câncer, em Santo André, depende ainda da adesão de parceiros. Uma campanha por patrocínio está aberta a fim de equipar os quartos e colocá-los à disposição dos pacientes ainda no segundo semestre. A cota mínima é de R$ 100.
A renda esperada com o Mc Dia Feliz pela Associação Projeto Crescer do ABC, entidade que idealizou e administrará a casa, era de R$ 500 mil. A soma superaria a marca de R$ 436 mil atingida em 2003 e ajudaria a fortalecer a infra-estrutura da casa. No entanto, a renda conseguida com a venda de Big Macs, bonés e camisetas ficou em R$ 353 mil. O prédio, orçado em R$ 1,8 milhão, já está pronto no campus da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC) e foi construído principalmente com recursos da campanha de 2003 da rede de fast food.
A realização do McDia Feliz em pleno feriado prolongado da Proclamação da República, em 15 de novembro, é apontado pelos organizadores como o fator que diminuiu a adesão à campanha. De acordo com o coordenador da campanha no Grande ABC, Nelson Tadeu Pasotti Pereira, a procura pelos Big Macs caiu 25% em relação a 2003. “Foram vendidos 46 mil lanches em toda a região. Do total arrecadado, 76% foram conseguidos com a venda de suvenires. Ficamos em quarto lugar na arrecadação e em segundo na venda de camisetas e bonés.” A arrecadação em todo o Brasil ficou em cerca de R$ 6 milhões.
A primeira fase da Casa de Apoio foi inaugurada pouco antes da edição da campanha no ano passado. Mas até agora não é possível receber as crianças em tratamento no Instituto de Oncologia da FMABC e sem condições adequadas de moradia. A casa, que tem 20 mil m² de área, já tem 12 quartos prontos no primeiro andar, cada um com capacidade de acomodar duas crianças com acompanhantes. Em uma segunda etapa, deve ser inaugurado o segundo andar do prédio, com mais 11 quartos com a mesma capacidade. O problema é equipar a casa. Falta mobília e roupas de cama para nove quartos e ainda todo o equipamento para a cozinha, sem contar o mobiliário para as áreas de descanso.
Por conta dessas dificuldades, o Projeto Crescer vai trabalhar com patrocinadores para equipar os quartos. “Por cinco anos, deixaremos uma placa com o nome da empresa doadora no local. O período todo custa R$ 15 mil, que pode ser deduzido do Imposto de Renda. Temos cotas mensais no valor de R$ 100, R$ 500 e R$ 2,5 mil, mas qualquer quantia é bem-vinda, inclusive das pessoas físicas”, afirma o presidente da entidade, Jayme Marques Filho.
A Associação também busca parcerias com empresas de alimentação para diminuir os gastos operacionais da casa, previstos entre R$ 30 e R$ 40 mil. Informações: 4992-1440 /4992-8988.
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