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Trabalhadores da Varig apóiam possível financiamento do BNDES
Da Agência Brasil
27/04/2006 | 16:26
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A possibilidade de o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) financiar grupos interessados na compra da Varig coincide com reivindicação dos funcionários da companhia aérea. A avaliação é do consultor econômico da entidade TGV (Trabalhadores do Grupo Varig), que reúne as associações de empregados da empresa e sindicatos do setor aéreo, Paulo Rabello de Castro.

O economista afirmou que a posição do ministro Waldir Pires sobre o assunto está em consonância com o pleito apresentado pelos funcionários da Varig ao presidente do BNDES, Demian Fiocca. "Totalmente de acordo, dentro da lei e com garantias. É tudo o que a nossa Varig precisa e pode oferecer", destacou Castro, para advertir, em seguida: "Vamos ver se eles (referindo-se ao BNDES) sabem agir com a mesma rapidez com que financiaram grupos estrangeiros".

Castro enfatizou, também, que todas as propostas de investidores que aparecerem demonstrando interesse em injetar recursos na empresa deverão ser analisadas por um grupo de reestruturação, já que cada uma delas apresenta moedas e condições de pagamento diferentes.

O economista lembrou que o plano de recuperação da Varig precisa ser "definitivamente cumprido e executado", porque é isso que vai valorizar a empresa negociada. "Na atual circunstância, hoje, qualquer venda não faz sentido, nem vai beneficiar os credores", afirmou.

Uma das novas propostas pelo controle da Varig, Rio Sul e Nordeste Linhas Aéreas foi apresentada pelo consultor Jaime Toscano, representando um grupo de investidores. Para Castro, essa e outras propostas que serão submetidas à apreciação dos credores da Varig no próximo dia 2 de maio não deverão ter nenhum efeito conclusivo porque as condições oferecidas ainda não foram analisadas em profundidade.

"As melhores ofertantes, possivelmente, só vão aparecer no dia em que a Varig começar a se reestruturar efetivamente", disse Castro. Segundo o economista, a Varig vale atualmente R$ 500 milhões e, daqui a 60 dias, pode valer R$ 1 bilhão, apenas pelo efeito da reestruturação. Para ele, "é uma estupidez financeira colocar à venda uma empresa que está estressada hoje só porque tem que entrar um tostão amanhã".



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