Denílson tem a cara da torcida rubro-negra. É alegre, brincalhao, adora pagode, é metido a passista e faz do futebol uma forma de se divertir. Por ele, o gol seria apenas uma conseqüência, pois o que o deixa feliz mesmo sao os dribles nos marcadores e os aplausos da torcida. Filho de família pobre, encontrou no futebol o caminho para ajudar os pais e amigos do bairro pobre onde foi criado, em Sao Paulo.

O atacante tem um constante bom humor, que faz dele uma pessoa muito querida por onde passa. O problema é que ele nao se preocupa muito em ser um jogador profissional de futebol. Diz que joga para se divertir, como fazia no tempo de criança.

Mês passado, apesar de cotado para ser convocado por Wanderley Luxemburgo, participou de um torneio de futebol soçaite, atendendo ao pedido de um velho amigo. O técnico ficou furioso ao vê-lo jogando, mas reconheceu que Denílson é diferente da maioria dos jogadores. Nunca pensa em si próprio, mas nos amigos. Por isso o desculpou pelo futebol society em vez de ficar em casa à espera do próximo jogo da Seleçao.

Seu grande momento na Seleçao foi o Torneiro de Paris, quando Zagallo o lançou para acabar com a dura marcaçao dos adversários. E assim foi. Denílson foi considerado o melhor jogador da competiçao e esperava-se que o sucesso continuasse na Copa. Infelizmente, nao aconteceu.

No entanto, o atacante manteve o nível técnico e acabou contratado pelo Bétis, da Espanha. O time caiu para a segunda divisao e ainda assim Denílson recebeu propostas para continuar na Europa. Mas deu preferência ao Flamengo. Ele sabe que, com a força do time rubro-negro e o apoio da torcida, estará logo de volta à Seleçao.

O jogador está confiante, aguardando o encontro com a torcida num dia de vitória no Maracana. E leva com ele a constante alegria. Denílson gosta de um ambiente de amizade dentro e fora de campo. Dando dribles nos adversários a caminho do gol ou puxando um pagode bem ritmado. Esse é o Denílson que tem tudo para ser o mais novo ídolo na Gávea.