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Governo dará mais atenção a aliados para aprovar a CPMF
Do Diário OnLine
08/11/2007 | 14:42
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Na 'batalha' para aprovar no Senado a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que prorroga até 2011 a cobrança da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), imposto com prazo de extinção previsto para o fim deste ano, o governo federal decidiu adotar uma nova estratégia: dar mais atenção aos senadores da base aliada.

O Palácio do Planalto não vai deixar de negociar com os partidos de oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PSDB e DEM, que juntos possuem 27 senadores), que já 'fecharam questão' contra o chamado 'imposto do cheque'. No entanto, intensificará a pressão sobre os parlamentares da base governista para garantir os 49 votos necessários à aprovação da PEC.

Excluindo-se o PSOL, legenda considerada 'neutra' e que possui como representante no Senado apenas José Nery (PA), a base do governo possui 53 senadores. Como os peemedebistas Jarbas Vasconcelos (PE) e Mão Santa (PI) já avisaram que vão votar pela extinção do tributo, o governo poderia contar com no máximo mais duas 'traições' para aprovar a CPMF sem precisar de nenhum apoio da oposição.

Por isso, o ministro das relações institucionais, Walfrido dos Mares Guia, que nesta quinta-feira se reuniu com o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), e com a líder governista no Congresso Nacional, senadora Roseana Sarney (PMDB-MA), deixou claro que a intenção do Planalto é aumentar o ritmo das negociações dentro da base aliada, para conversar principalmente com aqueles senadores que ainda não estão convencidos de que a CPMF é um imposto importante para o Brasil.

Teste –
Na próxima terça-feira, o governo terá um importante teste para saber se a base aliada está realmente unida no Senado. Na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), os membros do órgão irão votar o parecer final sobre a PEC da CPMF, produzido pela senadora Kátia Abreu (DEM-TO) e que vai sugerir o fim do 'imposto do cheque'.

A intenção do Planalto é rejeitar o parecer da democrata. Dessa maneira, a proposta seguiria tranqüilamente para o plenário, onde será votada em dois turnos e precisará dos votos favoráveis de pelo menos 49 dos 81 senadores para ser promulgada.  




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