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Palmeiras encara o Paulista com os nervos à flor da pele
Anderson Rodrigues
Do Diário do Grande ABC
Com AE
03/04/2004 | 21:45
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  O Palmeiras terá dois poderosos adversários a bater neste domingo, às 16h (com Globo, Record e Sportv), em Araras, no jogo decisivo da semifinal do Campeonato Paulista. Um deles é a aplicada equipe do Paulista, que garantiu um empate por 1 a 1 na partida de ida e, apesar de ter perdido o direito de jogar em Jundiaí, vai lutar por uma conquista inédita para o clube. O outro, mais temível, é a pressão a que os jogadores e principalmente o técnico Jair Picerni estão sendo submetidos, não só pela ansiedade pela conquista do título como pelos problemas extra-campo que agitaram o Palmeiras esta semana.

No Verdão, todas as atenções estarão voltadas para o atacante Vágner Love e o técnico Picerni. O primeiro volta ao time depois de se recuperar de uma contusão na coxa esquerda, que o impediu de participar da primeira partida. Vai jogar sob pressão por causa da divulgação de suas incursões pela noite paulistana e de Bragança Paulista durante a semana. O segundo esqueceu a postura “de bem com a vida” e anda com os nervos à flor da pele.

Esse não é o único problema do Palmeiras para o jogo. Durante a semana, a equipe tentou sanar a principal dificuldade apresentada no empate no jogo de ida: o aproveitamento nos chutes a gol. Das 31 vezes que os jogadores finalizaram, em 17 a bola foi na direção certa, mas, somente uma vez, entrou. Talvez por este motivo, os jogadores dedicaram parte da sexta-feira para aprimorar as cobranças de pênaltis.

Picerni – O técnico Jair Picerni vai brigar como nunca contra seu próprio histórico. Apesar de ter competência para formar equipes bem-sucedidas, o comandante palmeirense viveu um momento de destempero na sexta-feira e trouxe novamente à tona um problema que gostaria de ter esquecido: seu descontrole emocional.

Coincidência ou não, foi também na final de uma competição que Picerni enfrentou sua primeira dificuldade emocional. Em 2000, dias antes da disputa da final da Copa João Havelange contra o Vasco, Picerni agrediu o jornalista Nelson Cilo, do Diário.

Em 2002, ainda no São Caetano, cometeu um erro do qual se arrepende até hoje: perdeu a calma e a partida final da Libertadores para o Olimpia, sendo expulso.

Certamente, a expectativa da torcida é de que hoje, diante do Paulista, o treinador explosivo dê lugar ao líder que suportou todos os tipos de pressão e levou a equipe à conquista da Série B do Brasileiro.




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