Os manifestantes portavam numerosos retratos do ima Ruholá Khomeini, fundador da República Islâmica, do sucessor dele, o aiatolá Ali Khamenei, e do presidente reformista Mohamad Khatami.
``Morte aos Estados Unidos, morte aos usurpadores de Qods (Jerusalém), os Estados Unidos estao a nossos pés', dizia um cartaz, pendurado dentro da ex-embaixada.
Um dia antes, o Guia da República Islâmica, Ali Khamenei, estimou que o Ira nao devia ``suavizar' sua atitude ante os Estados Unidos, advertindo contra toda a ``ingenuidade' nesse sentido.
Quarta-feira, durante a manifestaçao organizada pelos reformistas na Universidade, houve menos público. Mas muitos seqüestradores, começando por Ebrahim Asgharzadeh, apoiaram a manifestaçao e sua ``rejeiçao à violência'. Esta ``jornada contra o despotismo' mostrou o crescente abismo entre os conservadores, que se opoem à evoluçao nas relaçoes com os Estados Unidos, e os reformistas, partidários de uma política de distensao.
Foram registradas numerosas declaraçoes anti-americanas. ``Demos tempo aos Estados Unidos para que pedissem desculpas pelo que nos fizeram antes. Nao as deram. Intervieram em nossos assuntos internos', destacou o principal orador, Mohsen Rezai, secretário geral do Conselho de Discernimento, uma instituiçao básica, presidida pelo ex-presidente Ali Akbar Hashemi-Rafsanyani. ``Eles nos acusam de possuir armas de destruiçao em massa como as deles. Também nos acusam de apoiar os palestinos e os libaneses. Como se atrevem a nos reprovar isto, eles que pretendem defender os direitos humanos?', acrescentou, antes de ser interrompido pelos aplausos.
Pouco antes, os participantes afirmaram que: ``os Estados Unidos sao nossos inimigo'. O texto acusa também Washington de ``ingerência' no caso dos judeus acusados de espionagem a favor de Israel.
Os ``Estados Unidos se conduziram muito mal com o Ira. Se os Estados Unidos quiserem manter relaçoes conosco, devem mudar, como disse Khatami', destacou Hasan Farayi, presidente da Uniao de Trabalhadores Iranianos.
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