Os Alvos que Queremos Virgens (21 min), de Diaulas Ullysses, traz no elenco o ator Antônio Petrin e é uma produção da ELCV (Escola Livre de Cinema e Vídeo), de Santo André. Diretor, roteirista (Julião) e diretora de fotografia (Tânia Crespo) são alunos da instituição andreense.
"É a história de um senhor que tem um filho com condições precárias de inteligência. No entanto, o rapaz tem um talento especial para fazer poesias, e o homem explora essa qualidade dele. Lê poemas para as pessoas em troca de comida", afirma Petrin, 65 anos de idade, 37 de carreira.
"Só que quando o filho se apaixona por uma menina, o senhor não o quer dividir. Um tema delicado, que não é utilizado normalmente em produções em curta-metragem. Os Alvos que Queremos Virgens é uma forma nova de fazer curta", diz Petrin.
Na realização do filme, o experiente ator trabalhou com jovens em começo de carreira, o que o agradou. "Quando eu era iniciante, os mais velhos também acreditaram em mim. Funciona como uma espécie de troca."
Segundo ele, tanto trabalhando com equipes jovens quanto com as experientes, sua função é praticamente a mesma. "Sou ator, o que consiste em tirar personagens do papel e dar vida a eles. Para isso não existe fórmula", afirma Petrin.
"Além de tudo, a equipe demonstrou muita consciência. Fui orientado por eles para realizar o trabalho e não interferi praticamente em nenhum momento. Foi uma atividade animadora. Acredito no talento desses novos cineastas", diz.
A programação tem ainda a exibição de Rasgue Minha Roupa (10 min.), comédia de Lufe Steffen, e Delectatio (28 min.), assinado por Chico Gláuter.
O primeiro é divulgado como "as aventuras do Bofe na Coleira na cidade grande, sempre perseguido por personagens bizarros." Já o outro é inspirado em personagem de Retrato do Artista Quando Jovem, romance de James Joyce, e tem ainda fragmentos de textos de Platão e Espinosa.
O Teatro Cacilda Becker fica na praça Samuel Sabatini, 50, Paço Municipal. O telefone é 4330-3444.
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