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Pesquisa: 50 jornalistas foram mortos em 98
Do Diário do Grande ABC
09/02/1999 | 10:49
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Cerca de 50 jornalistas foram mortos no ano passado em todo mundo e outros 100 encontram-se presos por motivos profissionais, segundo o Instituto Internacional de Imprensa, que destaca a América Latina como campea de violaçoes da liberdade de expressao.

Um "livro de horrores" foi a definiçao dada ao informe anual sobre a liberdade de imprensa no mundo pelo diretor do instituto, Johann Fritz.

A campea das violaçoes é a América Latina, de onde procede quase a metade dos jornalistas assinados em todo o mundo. Entre eles, dez morreram na Colômbia, cinco no México e quatro no Brasil.

"Nunca os jornalistas da América Latina foram tao livres como agora, exceto no caso de Cuba, mas, ao mesmo tempo, continuaram impunes os ataques contra os meios de comunicaçao em 1998", em particular os provocados por "funcionários corruptos, traficantes de droga e membros do crime organizado", diz o livro.

O instituto destaca que, pelo segundo ano consecutivo, nenhum jornalista foi morto na Argélia, mas que 25 estao presos na Turquia, mais do que em qualquer outro país do mundo. Já, na Asia, "a verdadeira liberdade de expressao continua sendo apenas uma esperança para a maioria dos países do continente, onde sao habituais a censura e a violência contra os meios de comunicaçao'. O regime dos talibas, no Afeganistao, e a Birmânia sao citados como os maiores inimigos da liberdade de imprensa.

Na Europa, o IPI critica especialmente Belgrado, onde o parlamento sérvio adotou uma lei que proíbe a difusao de programas estrangeiros.

Na Rússia, sao inúmeros os obstáculos que a imprensa deve enfrentar, uma vez que o "assassinato foi o método preferido de censura em pelo menos cinco casos este ano".




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