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FEI prepara projetos de combustível alternativo
Daniel Trielli
Especial para o Diário
25/11/2006 | 21:41
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Carros elétricos, produção de combustíveis eficientes, célula de hidrogênio... Com tantos projetos de alternativas energéticas no futuro, o Grande ABC não pode estar fora do desenvolvimento das novas possibilidades. É por isso que o Centro Universitário da FEI, de São Bernardo, pretende investir na área que pode resolver o problema da futura falta de petróleo no planeta, além da necessidade de alternativas ecológicas.

E 2007 será o ano que isso vai ganhar mais força. É porque é esse período que está programada a criação da primeira célula de combustível da FEI. Trata-se de um mecanismo que aproveita o hidrogênio para gerar eletricidade. A mesma tecnologia foi destaque semana passada, ao ser anunciado o primeiro ônibus movido a hidrogênio do Brasil, que funcionará no Grande ABC, no corredor da EMTU.

“Mas ela pode ser usada não só para movimentação de veículos, como também para residências”, explica o professor Luiz Carlos Bertevello, coordenador do curso de Engenharia Química da FEI.

Além das tecnologias mais avançadas como o hidrogênio, a FEI também investe em métodos de produção mais eficientes de combustíveis já utilizados. “Nos especializamos em desenvolvimento de processos de produção, mas também temos trabalhos com recuperação dos resíduos agrícolas que surgem na elaboração do etanol”, conta Bervetello.

Essa responsabilidade recai sobre o Laboratório de Combustíveis do IPEI (Instituto de Pesquisas e Estudos Industriais), da FEI. O professor Eduardo Polati, engenheiro responsável pelo Núcleo de Combustíveis e Lubrificantes do IPEI, conta que as instalações estão em ampliação e que, ao longo do próximo ano as pesquisas em áreas como biodiesel – já engatilhadas – vão ganhar força e aplicação prática.

“A maior parte do nosso trabalho está em ganho de eficiência em produtos”, conta o professor. “Mas os laboratórios já estão preparados para fazer prestação de serviço, como análise de qualidade de combustíveis.”

Resultados – Polati garante que todo esse investimento em pesquisa não vai ficar preso dentro dos muros da academia. “A FEI em particular tem uma visão estratégica de desenvolvimento e pesquisa muito preocupada com a questão de viabilidade aplicada”, garante o professor. “O desenvolvimento de projetos provavelmente vai gerar a criação de patentes, o que significa resultados reais. Isso só acontece efetivamente se a gente tem uma preocupação de desenvolver parceiras com empresas.”

Bervetello concorda e diz que a pesquisa vai ajudar a resolver um grande problema. “A maior preocupação da indústria é que o petróleo fique inviável economicamente. Muitos materiais usados hoje em dia vêm da indústria petroquímica”, explica.



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