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Risco de novo desabamento atrasa resgate em prédio no Rio
Do Diário OnLine
26/09/2002 | 15:47
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O risco de um outro prédio desabar adia a retomada dos trabalhos de resgate a possíveis soterrados nos escombros do edifício onde funcionava o Hotel Rosário, no centro do Rio de Janeiro. O imóvel desabou na tarde desta quarta-feira, deixando três pessoas feridas.

Contrariando informações de que haveria um casal preso entre os escombros, a Defesa Civil do RJ não acredita que o desabamento tenha deixado vítimas fatais.

Um prédio vizinho ao imóvel que desabou está sendo escorado por técnicos da Defesa Civil. A estrutura, que se deslocou seis milímetros, está apoiada sobre os escombros e ameaça desabar. Andaimes e estacas de estão sendo montados ao lado do prédio. Ainda não está descartada a possibilidade de derrubá-lo, já que a estrutura está muito comprometida.

Assim que terminar o trabalho de escoramento, a Defesa Civil vai concentrar esforços para retirar os escombros do prédio que desabou. Todo entulho deve ser recolhido ainda na noite desta quinta-feira.

A rua em frente ao prédio continua interditada e só foi aberta para que funcionários dos prédios comerciais da região chegassem ao trabalho. Ao todo, sete edifícios da região estão fechados por motivos de segurança.

O imóvel que desabou abrigava também um restaurante e um chaveiro. O prédio ficava na altura do número 41 da rua do Rosário, na esquina com a avenida Primeiro de Março (uma das principais do Rio, que liga o centro à zona Norte). A região é repleta de prédios antigos, muitos deles de estilo colonial da época do Império.

Nesta quinta-feira, a Secretaria Municipal de Urbanismo divulga um laudo sobre uma inspeção feita pela prefeitura no prédio no mês de maio. Nesta inspeção, a secretaria constatou que havia problemas nas marquises e no estado de conservação do prédio.

A governadora Benedita da Silva (PT) esteve na tarde desta quinta no local do acidente e disse que houve negligência, acrescentando que o governo vai apurara de quem é a culpa com serenidade e tranqüilidade.

O diretor do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea), Reinaldo Barros, também esteve no local e disse, em entrevista à rádio CBN, que o conselho não podia fiscalizar a construção do prédio já que não havia registro nem um engenheiro responsável pela obra. A responsabilidade pelo desabamento, então, deve ser transferida para o proprietário do edifício.




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