"Por precaução, a embaixada americana suspendeu seus serviços após ter recebido ameaças terroristas", disse uma autoridade da polícia iemenita, sob anonimato, sem dar detalhes sobre essas ameaças.

"Essas medidas foram tomadas por causa de ameaças anônimas recebidas domingo por telefone contra interesses americanos" no Iêmen, afirmou um diplomata ocidental.

A estrada que leva à embaixada foi bloqueada e os pedestres não estavam autorizados a se aproximar do muro que cerca o prédio, segundo uma testemunha.

A autoridade policial acrescentou que "se havia instalado um dispositivo de segurança em torno do prédio em coordenação com os americanos". "Trata-se de medidas preventivas comuns adotadas quando se recebem ameaças terroristas", disse.

A embaixada americana em Sanaa permaneceu fechada durante quatro semanas, em junho e julho passados, devido a "ameaças terroristas", segundo os Estados Unidos, e abriu novamente ao público no dia 7 de julho.

Washington tinha anunciado a 9 de junho o fechamento da embaixada por causa de ameaças terroristas, medida considerada então "injustificada" pelo ministério iemenita do interior, que não levou a sério essas ameaças.

O fechamento da embaixada, que provocou o estado de alerta das forças americanas em Bahrein e no Kuwait, prejudicou as relações entre Washington e Sanaa. Em outubro de 2000, um atentado terrorista contra o destróier USS Cole no porto iemenita de Aden (Sul) matou 17 militares americanos.