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Engenheiros do Hawaii se apresentam no ABC
Alessandro Soares
Do Diário do Grande ABC
29/06/2001 | 19:03
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Humberto Gessinger e o Engenheiros do Hawaii fazem neste sábado, às 21h30, o show 10.000 Destinos em São Caetano, no Victória Hall. Mais uma vez com nova formação, a banda pop anuncia para esta semana o lançamento de um CD duplo, para comemorar a gravação ao vivo do álbum 10.000 Destinos, realizada em março de 2000. O CD terá o mesmo nome e repertório, e mais sete músicas, gravadas em estúdio já com os novos componentes. Tanto essas sete músicas, algumas do disco Tchau Radar!, quanto os novos músicos estarão no show.

Neste ano, o trio Lúcio Dorfman, Luciano Granja e Adal Fonseca se afastou do Engenheiros para se dedicar ao trabalho em sua banda própria, a Massa Crítica. Os novos companheiros do gaúcho Gessinger são os cariocas Paulinho Galvão (guitarra), Gláucio Ayala (bateria) e Bernardo Fonseca (baixo). Com essa formação, Gessinger, vocalista e letrista, grava seu 14º álbum, Surfando Karmas & DNA, que deve ser lançado em 2002. Músicas inéditas, como a que dará nome a este novo disco (ela estará no show), e uma nova parceria entre Gessinger e Carlos Maltz, um dos criadores do Engenheiros, são as armas da banda para a conquista da nova geração.

Engenheiros é uma banda sem meio termo: ou se gosta muito das letras de reflexão existencial de Gessinger ou se acha que o vocalista é um chato. O fato é que há dez anos a banda tinha um rumo definido, segundo Gessinger, mas que mudou muito depois. “Nós somos amarrados na continuidade. Falta confiabilidade e nós apostamos nela. De um trabalho para o outro não mudamos radicalmente. Ao contrário, continuamos os mesmos”, disse o músico, em 1991.

Com a criação da banda nos anos 80 por Gessinger e Carlos Maltz, estudantes de Arquitetura em Porto Alegre (RS), acrescidos de Marcelo Pitz e depois Augusto Licks, surgiram as melhores músicas, no espírito “para fazer pensar”.

Licks saiu sem muitas explicações, a formação mudou, o vocalista chegou a criar o Gessinger Trio e depois retornou à banda para mudar tudo de novo. As músicas ficaram mais amenas e, hoje, o Engenheiros do Hawaii corre os palcos do país. “A melhor maneira de viajar pelo Brasil é montar uma banda de rock” é outra frase de Gessinger, de 1990. No itinerário, um séquito de fiéis ao que a banda fez de melhor no fim dos anos 80 e na virada dos 90, como Infinita Highway, O Papa É Pop e Exército de um Homem Só, entre outras. Os fãs remanescentes são chamados de viúvas da formação clássica Gessinger, Licks e Maltz, ou GLM – sigla oriunda da “engenharia hawaiana”, outra pérola da lavra de Gessinger.




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