Desde segunda-feira, 13 diretores do sindicato foram presos. Eles são acusados de receberem propina para incitarem greves. Essas paralisações eram uma forma utilizada pelos empresários para pressionara a Prefeitura de São Paulo e a Secretaria de Transportes Públicos a aumentarem os preços das passagens.
Todos estão detidos na Superintendência da Polícia Federal e devem prestar depoimento a partir desta quarta-feira. No início da noite, a Justiça decretou a prisão temporária dos 17 integrantes do sindicato. O prazo da prisão temporária, que vence na sexta-feira, deverá ser prorrogado.
Foragidos - Até o momento, apenas quatro sindicalistas ainda não foram detidos. São eles: Paulo César Barbosa, José de Jesus e José Domingos da Silva, além de uma quarta pessoa cujo nome não foi divulgado.
Durante todo o dia, mais duas pessoas envolvidas se entregaram. O tesoureiro Gerson da Silva Machado, conhecido como Fubá, e Edvaldo Gomes da Silva, o Dentinho. Este segundo é um dos que mais chamam a atenção da polícia nas investigações. Ele teria um imóvel na cidade de Itu, interior de São Paulo, avaliado em mais de R$ 200 mil.
Empresários - A equipe de investigação da PF procura agora levantar os nomes dos empresários que teriam pagado propina aos diretores. Até o momento, a polícia já identificou seis empresários. No entanto, as identidades foram mantidas em sigilo para não atrapalhar as investigações.
Documentos com anotações suspeitas foram apreendidos na sede da instituição na segunda-feira. Os papéis trazem anotações suspeitas que mostram a relação da entidade com algumas empresas de ônibus da cidade, inclusive com o registro de comissões pagas aos sindicalistas.
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