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Assédio sexual é comum no metrô de NY, denuncia funcionário
Da AFP
26/07/2007 | 19:58
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Os casos de assédio, perseguição ou agressão sexual no metrô são "alarmantemente" freqüentes, de acordo com um relatório publicado nesta quinta-feira em Nova York. No entanto, a cidade prefere adotar medidas dissuasivas a pôr vagões separados para mulheres como já acontece no Brasil, Japão ou México.

O informe divulgado pelo presidente do condado de Manhattan, Scott Stringer, afirma que pelo menos 63% das pessoas entrevistadas, ou seja, quase duas a cada três, disseram ter sido assediadas sexualmente no metrô.

De acordo com a pesquisa realizada, 10% relataram ter sido vítima direta de agressão sexual, enquanto 69% se sentiram sob ameaça de assédio ou ataque. Ainda assim, 96% não denunciaram o fato à polícia ou às autoridades de transporte.

Medidas - O responsável defendeu a adoção de uma série de medidas para compensar o fenômeno, incluindo aumentar o número de policiais nas estações, garantir que os crimes sexuais sejam punidos e informar melhor o público.

Em outras cidades importantes, foram aplicadas opções mais drásticas. Em Tóquio, por exemplo, várias linhas habilitaram em 2005 vagões reservados para mulheres que quiserem evitar ser apalpadas, o que acontece com freqüência nos horários de pico.

Também há vagões exclusivamente femininos em determinados horários em certas linhas do metrô da Cidade do México, onde a sabedoria popular adverte que uma mulher pode "entrar virgem e sair grávida".

No Brasil, um vagão para mulheres também circula nos horários de pico desde o ano passado no metrô e trens da cidade do Rio de Janeiro, medida criticada por algumas organizações feministas, que a consideraram discriminadora e antiquada.

Tais restrições horrorizam Nova York, cidade onde o próprio prefeito e multimilionário Michael Bloomberg costuma utilizar o metrô para ir de sua casa, no Upper East Side, para a prefeitura, no sul de Manhattan. "Isso seria totalmente inaceitável para os nova-iorquinos", reconheceu Stringer. "Em Nova York, cada um deveria ter o direito de ir para qualquer lado sem ser assediado ou se sentir ameaçado", acrescentou o presidente do condado.




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