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Cade recua e sai da briga clubes x TVs
Da Redação
31/03/2011 | 07:53
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A esperança do Clube dos 13 era que o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) pudesse interferir nas negociações individuais entre diversos times de futebol e a Rede Globo. Apesar das ameaças iniciais quanto a possíveis desigualdades, o Cade decidiu recuar e divulgar um novo documento em que, além de apontar falta de maiores detalhes a respeito da emissora e do C-13, ainda afirma que não há anormalidades quanto aos trâmites bilaterais.

"Não vemos nenhum problema de os clubes negociarem com alguma emissora. Não posso impedir que alguém exerça o direito de contratar quem quiser", explicou o procurador-geral do Cade, Gilvandro Araújo, ao abordar ontem o polêmico episódio.

Embora tomasse tal postura, o órgão concluiu que ainda necessita de mais informações para dar pareceres definitivos em cima das atuais divergências. Assim, o Clube dos 13 e a Globo terão dez dias para voltar ao Cade e revelar os nomes dos clubes cada lado possui no contrato, além de abrir esses documentos. Mesmo assim, a expectativa é a de que o conflito seja resolvido apenas judicialmente, caso as partes mudem de comportamento.

Afinal, segundo análise do procurador-geral do Cade, o problema sairá automaticamente da esfera do órgão. As complicações que envolvem os tensos debates relativos aos direitos de transmissão do triênio 2012-2014 do Campeonato Brasileiro começaram no momento em que diversos interessados manifestaram posições contrárias quanto à licitação do Clube dos 13 para comercializar as exclusividades.

Insatisfeitos, os quatro grandes do Rio de Janeiro, além do Corinthians, desligaram-se da entidade e resolveram negociar individualmente. Tudo para visualizar maiores receitas. Outras agremiações seguiram o mesmo caminho e, consequentemente, esvaziaram o C-13.

Sem precisar passar pelas possíveis licitações, a Globo começou a atravessar o protocolo para atrair o Corinthians, Santos, Vasco da Gama, Cruzeiro, Grêmio, Coritiba, Goiás, Bahia, Sport e Vitória. À exceção de São Paulo, Atlético-MG, Atlético-PR e Portuguesa de Desportos, os demais devem furamente seguir as dissidências.

Em compensação, o C-13 ampliou a sequência de licitações e, mesmo sem o aval dos clubes, conseguiu assegurar a parceria da Rede TV, que se comprometeu a pagar R$ 516 milhões a cada temporada. Para isso, o C-13 recorreu a procurações que lhe garantem, segundo a entidade, assinar o acordo em nome des clubes endividados.

Entre eles, Flamengo, Botafogo, Vasco, Grêmio, Cruzeiro, Coritiba, Sport e Vitória, além de outros que teriam oferecido apoio espontaneamente, como São Paulo, Atlético-MG, Atlético-PR, Internacional de Porto Alegre, Guarani e Bahia. "Se um clube vendeu para os dois lados, é um problema que os envolvidos terão de resolver. O problema não é nosso, mas, ao contrário, uma questão privada", completou Araújo.




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