Escondidos nas portas e em vasos sanitários de oito celas, foram encontrados dois sistemas de recepção de celulares acoplados a carregadores, oito tranças de pólvora, cinco fones de ouvido, uma antena, pavios e 18 tranças de uma erva (provavelmente maconha) escondidos em fechaduras e vasos sanitários.
Segundo o delegado titular da 34ª Delegacia de Polícia, Irineu Barroso, a apreensão de celulares não surpreende mais a polícia, já os explosivos são uma novidade. Não há informações sobre o que seria feito com a pólvora e os pavios. O delegado não informou se os traficantes Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, e seu comparsa Marcos Marinho dos Santos, o Chapolim – autor da ligação interceptada pelo Ministério Público e Polícia Federal em que negocia a compra de um míssil –, têm envolvimento com o material apreendido.
Na avaliação de Barroso, é evidente a conivência de maus policiais na entrada dos materiais no presídio. “Não são todos (policiais coniventes), mas sempre tem a ovelha negra que denigre a imagem dos demais”, disse.
No presídio Muniz Sodré, também em Bangu, uma mulher foi presa ao tentar entrar no local com meio quilo de maconha e dois celulares. Cristiana Costa, 24 anos, disse que levaria o material para seu irmão, acusado de tráfico.
A operação realizada em Bangu I foi antecipada a pedido do Ministério Público, pois nesta terça promotores interceptaram uma nova ligação em que Chapolim encomenda a uma mulher não identificada quatro celulares. Na semana passada, cinco celulares foram apreendidos no mesmo presídio por membros do Ministério Público.
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