O Juventus vai ter que jogar uma partida com portões fechados depois dos cantos e gritos de teor racista proferidos sábado por parte de sua torcida contra o jovem atacante do Inter de Milão Mario Balotelli.

Balotelli, 18 anos, de origem ganesa mas adotado por uma família italiana, foi alvo de "cantorias que expressava discriminação racial" durante toda a partida de sábado entre a Juve e a Inter pelo Campeonato Italiano, declarou o juiz esportivo Gianpaolo Tosel. O jogo terminou em empate por 1 a 1.

"Os cantos vieram de diversas partes da arquibancada", destacou Tosel.

As vaias começaram já no quarto minuto de jogo, mas a ira dos torcedores 'juventini' aumentou quando Balotelli fez o gol de sua equipe (64), e caiu depois de receber um pontapé de Tiago, provocando a expulsão do volante da Juve (75).

Referindo-se à "repetição de comportamentos lamentáveis que não têm nada a ver com paixão esportiva", o juiz decidiu punir o Juventus com uma partida a portões fechados.

Assim, o clube de Turim receberá o Lecce sem público no dia 3 de maio.

Na noite de domingo, o Juventus condenou as cantorias e gritos racistas proferidos por seus torcedores. "Em nome do Juventus e da grande maioria de nossos torcedores, quero condenar duramente os gritos racistas proferidos contra o jogador do Inter Mario Balotelli", declarou o presidente da Juve, Giovanni Cobolli Gigli, em comunicado.

Contudo, Gianpaolo Tosel considerou que o Juventus deveria ter feito mais, lamentando "a ausência de qualquer tentativa dos outros torcedores de se distanciarem (dos autores dos cantos racistas) e de uma intervenção dissuasiva por parte do clube".