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Icones de um tempo mais moderno como escadas rolantes e elevadores dividem espaço com os vitrais e a escadaria de mármore e com as réplicas de bancos e lixeiras, como os usados na Estaçao da Luz de antigamente. "Será um oásis no centro de Sao Paulo", promete a superintendente, Marta de Vito Rabello.
Os investimentos consumiram R$ 45 milhoes - entre reforma, restauro e a construçao de um anexo na Rua Xavier de Toledo, onde antes funcionava o Hotel e Restaurante Panamericano. O Light é o primeiro shopping do País a usar técnicas de reciclagem arquitetônica em sua estrutura e fachada. O trabalho, a cargo do arquiteto e professor de História da Arquitetura Carlos Faggin, exigiu cuidados especiais, já que o prédio é tombado.
Foi necessária uma lavagem minuciosa das fachadas, castigadas pelos pichadores. Graças a um trabalho em argamassa e areia, obteve-se o material exato usado na época. Uma análise em laboratório identificou os traços originais do prédio. Molduras, cerâmicas, vitrais e alvenarias de madeira foram todos restaurados e adaptados à década de 20.
Público variado - Com 177 lojas e 2 âncoras - Lojas Americanas e Renner - o shopping espera receber 100 mil pessoas por dia, gente de perfil variado que faz suas compras no meio do expediente - 11% da classe A (público das bolsas, dos escritórios de advocacia, das agências de turismo e dos bancos), 35% da B e o restante, a maioria, da classe C.
Apesar do público de alto poder aquisitivo que trabalha no centro, as principais grifes de moda nao quiseram ir para lá. Pelo menos, por enquanto. "Estao cautelosas, mas depois virao" aposta Luiz Alberto Marinho, diretor de marketing da Comapps, empresa que administra o Light. As exceçoes sao a mineira Arezzo (de sapatos) e a Vila Romana (roupas masculinas). Ele acredita que essa resistência vai acabar depois que o shopping estiver funcionando a pleno vapor. Seja como for, todas os espaços já foram vendidos.
Segundo dados de uma pesquisa encomendada pela direçao do shopping, entre os dias 20 e 30 de outubro, 13% dos que circulam diariamente pelo Viaduto do Chá (1 milhao de pessoas) moram no centro e 39% trabalham no local. Entre os entrevistados 61% fazem suas compras na regiao e 58% freqüentam o local todos os dias.
O Light nao terá cinemas nem estacionamento. As salas nao puderam ser construídas porque os pavimentos têm o pé-direito baixo. É por causa disso que as lojas nao têm mezanino (foram providenciados depósitos para muitos lojistas). No segundo caso, a pesquisa apurou que apenas 13% vao para o centro de carro.
Segurança - A direçao do shopping promete uma vigilância "muito atenta", com homens e câmaras. "Nao será nem discriminatória com o público que está à volta nem frouxa", define Marinho. Diferentemente de outros shoppings, o acesso se dará por apenas duas entradas, a do Viaduto do Chá e a da Rua Xavier de Toledo. Sao nove pavimentos - seis acima (o último andar abrigará um centro cultural), dois no subsolo e o térreo.
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