A Polícia Militar se reuniu ontem com torcidas organizadas de São Bernardo e Santos André para comentar alguns pontos de segurança para o jogo entre as equipes, amanhã, no Estádio 1º de Maio, pelo Campeonato Paulista. O dérbi terá esquema especial.

Ainda sem números de quantos oficiais serão escalados para o confronto, o capitão Wilson Nobukaso, da 2ª Companhia do 6º Batalhão de São Bernardo, garantiu que serão ao menos 200 policiais. "Porém, teremos oficiais dos batalhões de todas as cidades da região. Acredito que o número total deve chegar a 720 policiais porque a partida causa maior impacto e tem grande repercussão em nossa região", destacou Nobukaso. "Teremos policiais trabalhando no entorno do estádio e nos trajetos das torcidas organizadas. Nossa grande preocupação não é durante ou antes da partida, mas depois, já que o resultado pode rebaixar uma das equipes", completou.

Para o presidente da organizada Fúria Andreense, Renato Ramos, os policiais não devem ter problemas em relação à segurança. "O torcedor vai para assistir aos jogos até porque não existe rivalidade entre os times" destacou.

Do outro lado, o clima não é tão amistoso. "Vamos para torcer pelo São Bernardo. A vitória pode ser por 1 a 0, mas que livre nossa equipe do rebaixamento e afunde o Santo André de vez", disparou Carlinhos Antonio Jesus Ferreira, presidente da Guerreiros do Tigre. "Não nos damos bem com a Fúria, que se acha a melhor do Grande ABC. Com as outras torcidas do Santo André não temos problema, mas a Fúria odeia a gente e nós os odiamos", completou.

A diretoria do Tigre, que espera 12 mil pessoas no estádio, disponibilizou 1.800 ingressos para os andreenses. O jogo é crucial para São Bernardo (18º) e Santo André (19º) - ambos com 15 pontos - quem perder fica praticamente com os dois pés na Série A-2 do Paulista.