Economia Titulo Investimento
Caixa diminui taxa de administração de fundos
Erica Martin
Do Diário do Grande ABC
21/04/2012 | 07:19
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As taxas de administração são famosas por comprometer os ganhos dos investidores, principalmente daqueles que têm pouco dinheiro. E em tempos de Selic baixa, em que os fundos têm rendimentos menores, esse tipo de aplicação fica menos atraente.

Para se ter ideia, quem aplica inicialmente R$ 90 mil precisará pagar 0,8% de taxa ao ano, enquanto isso, quem tem só R$ 50 para aportar terá de arcar com 3,5%. Por conta disso, a Caixa Econômica Federal anunciou ontem à noite que as taxas de administração dos fundos Caixa Azulfic rf Longo Prazo, será reduzida de 3% ao ano para 1,5%, e do Caixa Fic Clássico RF Longo Prazo, de 1,85% ao ano para 1,4%. A instituição também reduzirá, a partir de segunda, a aplicação inicial de R$ 1.000 para R$ 100.

EM ESTUDO - O Banco do Brasil estuda modificar o valor inicial para aplicar nos fundos. Na prática, quem tem menos recursos poderá optar por produto com taxa de administração menor. "Estamos analisando a possibilidade", disse o diretor-presidente da BBDTVM (Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários do Banco do Brasil), Carlos Massaru Takahashi.

Se a iniciativa não for suficiente para conter a concorrência da caderneta de poupança, o diretor afirmou que será discutida possível redução da taxa de administração. Para ele, o custo de 1% é razoável para competir com a poupança.

Takahashi explicou que os fundos que contêm ativos indexados ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário) ou a LFT ( Letra Financeira do Tesouro), que é um papel da dívida pública, determinante na carteira são os que merecem mais atenção da instituição, isso porque acompanham diretamente o desempenho da taxa básica de juros, a Selic, que nesta semana caiu de 9,75% para 9% ao ano.

GANHO - Simulação feita pela Anefac mostra que ao considerar o rendimento de 0,54% ao mês da poupança, os fundos ganham da caderneta em apenas quatro de 20 possibilidades. É possível conseguir lucro de 0,58% ao aplicar em um fundo, o investidor que pagar apenas 0,5% de taxa de administração e resgatar seus recursos após dois anos de aplicação.

O professor de Finanças Caio Torralvo, que ministra aulas na FIA (Fundação Instituto de Administração), reitera que os fundos são de alguma forma afetados com a queda dos juros, principalmente os que têm papéis pós-fixados (como é o caso da LFT), ou seja, quando a remuneração tem como base o desempenho futuro da Selic.




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