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Funcionários da SuperTainer, de Diadema, param por FGTS
Luciele Velluto
Do Diário do Grande ABC
24/07/2008 | 07:18
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Os trabalhadores da empresa do setor plástico SuperTainer, de Diadema, resolveram entrar em greve na última terça-feira após constatarem que a fabricante de manequins e bobinas não está depositando há dois ano o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

Na quarta-feira, após negociação com o Sindicato dos Químicos do ABC, os funcionários da empresa decidiram manter a paralisação por tempo indeterminado ou até que a empresa regularize os depósitos do fundo.

De acordo com Rubens Oliveira do Nascimento, coordenador da regional de Diadema do sindicato, o valor acumulado em atraso é de mais de R$ 300 mil. "Os empregados perceberam que a empresa não estava em dia com o FGTS porque foram atrás de crédito imobiliário que utiliza recursos do fundo e acabaram sabendo que há dois anos não havia depósito", conta.

Na terça, a empresa chegou a prometer que colocaria as contas em dia na próxima semana desde que os trabalhadores voltassem ao trabalho, mas a classe não aceitou porque a companhia já apresentou outros problemas trabalhistas, como atrasos de pagamento, segundo Nascimento.

O dirigente espera que hoje a empresa tenha uma oferta aos trabalhadores, pois há boatos de que a SuperTainer - que está há 40 anos em Diadema - está sendo vendida. "Essa venda pode ser a saída para os problemas que os trabalhadores estão enfrentando, pois existe uma preocupação que a empresa feche por causa de questões financeiras", explica o coordenador sindical.

Outra problema constatado pelo sindicato é a falta dos repasses ao governo do imposto sindical. Os descontos foram feitos no holerite do trabalhador, mas não houve pagamento ao governo, que encaminha parte da verba para as entidades sindicais.

A reportagem procurou a SuperTainer para comentar o assunto, mas não houve resposta.




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