Segundo o relatório, as economias em quebra levaram às ruas mais mulheres do que homens, enquanto que as que prosseguiram nos postos de trabalho tiveram que se conformar com salários inferiores. Além disso, a crise "parece ter tirado das escolas e despejado no mercado mais meninas que rapazes", destaca a organizaçao.
O estudo demonstra "até onde a mulher é vulnerável" numa regiao "onde milhares delas sao mal pagas ou estao subempregadas, enquanto milhares de outras trabalham sem salário", destacou o diretor regional da OIT, Mitsuko Horiuchi.
Ainda está por ser analisado o cálculo do impacto da crise sobre o tráfico de mulheres e crianças, o que representa um fenômeno grave em muitos países menos desenvolvidos da Asia, inclusive antes da desvalorizaçao das moedas, a meados de 1997, segundo os dirigentes da OIT.
Embora as situaçoes sejam muito diferentes segundo cada país, os números demonstram que a "situaçao das mulheres se degradou muito mais que a dos homens", declarou Roger Bohning, diretor da OIT para o sudeste asiático e o Pacífico.
Na Coréia do Sul, por exemplo, a porcentagem de mao-de-obra feminina teve uma reduçao de 4,4% desde o começo da crise, enquanto que o de homens se matém "praticamente constante".
Nas Filipinas, a desocupaçao entre as mulheres aumentou 15% , enquanto que entre os homens a proporçao foi de 12%.
As conseqüências da crise sobre o emprego e os salários segundo os sexos, é muito menos clara na Tailândia e na Indonésia onde "os salários estimados das mulheres baixaram menos que os dos homens, o que sugere que nestas sociedades os homens foram substituídos por mulheres com menor remuneraçao".
A situaçao de 70 milhoes de mulheres asiáticas que imigraram para conseguir trabalho, em geral em empregos mais precários e com freqüência fora das leis sociais dos países de acolhida, também foi tratada pelos autores deste documento.
Em relaçao a crianças, em cada cinco que trabalham no mundo, mais de três estao nos países em vias de desenvolvimento da Asia, o que representa 153 milhoes de menores trabalhadores dos quais 46% sao meninas.
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