A General Motors apresentou na sexta-feira à imprensa especializada o sedã Cobalt, que a princípio entra no lugar do Astra Sedan, cuja produção já foi encerrada. Segundo o vice-presidente de comunicação, relações públicas e governamentais da empresa, Marcos Munhoz, o Corsa Sedan ainda continua sendo fabricado: "Vamos deixar o mercado decidir se ele vai permanecer em produção ou não", afirmou.

Com aparência robusta e linhas clássicas, como definiu o diretor de CF51design Carlos Barba, o modelo reflete o desejo apontado por potenciais consumidores nas clínicas realizadas pela montadora. Na fase de desenvolvimento dos veículos, as fabricantes realizam pesquisas com os possíveis compradores para decidir como deverá ser o novo produto. "As pesquisas apontaram que os consumidores queriam um automóvel clássico. Também tivemos cuidado com o interior, que é maior que o do Vectra e conta com 18 porta-objetos, inclusive com espaço para garrafas de 1,5 litro", reforçou Barba.

Com preço a partir de R$ 39.980, na versão LS, que sai de fábrica com itens como ar-condicionado, direção hidráulica e travas elétricas - a versão intermediária é a LT (R$ 43.780), que tem air bag duplo e freios ABS, e a topo de linha, LTZ (R$ 45.980), vem com equipamento de som com bluetooth e rodas de liga leve de 15 polegadas -, o sedã vai concorrer com modelos como Volkswagen Voyage, Fiat Siena, Ford Fiesta Sedan e Renault Logan. Segundo o diretor de marketing, Gustavo Colossi, a expectativa é de vender 3.500 unidades por mês.

O foco do Cobalt é a emergente classe C, que já ultrapassou 100 milhões de pessoas no Brasil. "O Cobalt vai preencher as necessidades da nova classe média brasileira, para a qual a família é fundamental", afirmou Marcos Paiva, diretor de planejamento de produto.

Espaço é o que não falta no sedã, que tem 4,48 metros de comprimento, 2,62 metros de distância entre os eixos, largura de 1,73 metro e capacidade para 563 litros no porta-malas.

Durante o test drive no Campo de Provas da Cruz Alta, em Indaiatuba, o conjunto do motor 1.4 Econo.Flex e do câmbio manual de cinco marchas agradou, oferecendo bom desempenho e silêncio a bordo. O acerto da suspensão também é bom, pois transmite conforto para os ocupantes e, ao mesmo tempo, estabilidade na condução, mesmo nas curvas fechadas em alta velocidade.

Marca completa 100 anos

Um dia antes do lançamento do Cobalt, a Chevrolet comemorou 100 anos de existência. A marca foi fundada em 1911, em Detroit, pelo piloto de corridas, mecânico e engenheiro franco suíço Louis Chevrolet (1878-1941) e por William Durant (1861-1947), empreendedor automotivo visionário. Durant fundou a General Motors em 1908.

Em 1910, Durant foi forçado a deixar a empresa que havia fundado, mas não desistiu do interesse pela indústria automotiva. Ele se uniu a outros sócios, inclusive Chevrolet, para desenvolver novo veículo. Durant acreditava que a reputação de Chevrolet como piloto de corridas ajudaria a vender o veículo, portanto deu o nome de Chevrolet ao primeiro carro, o Series C Classic 6, modelo motorizado de grande porte e cuidadosamente manufaturado. Seu motor de 4,9 litros e seis cilindros gerava 39 cv e alcançava velocidade máxima de 104 km/h. Era vendido por US$ 2.150, o que equivalia a quase US$ 50 mil hoje nos Estados Unidos, considerando a inflação do período.

Atualmente, um modelo Chevrolet é vendido a cada nove segundos. São cerca de 3,5 milhões de veículos comercializados por ano em mais de 130 países, tornando a Chevrolet a quarta maior marca do mundo.