Somente duas mulheres manifestaram interesse em concorrer pelo partido; são necessárias 16
O diretório do PT de São Bernardo encontra dificuldade para completar a chapa de candidatos a vereador para a eleição do ano que vem. O problema é maior ainda na lista de possíveis postulantes mulheres.
A legenda, que à Prefeitura de São Bernardo deve apostar na candidatura do ex-prefeito Luiz Marinho (PT), pretende lançar 42 nomes à Câmara. Pelas regras do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), um terço deve ser reservado ao sexo oposto. Como o ambiente da política é bastante machista, se convencionou que essa cota é para mulheres.
O Diário apurou que o PT registrou apenas duas candidaturas de mulheres para o ano que vem. Uma delas é Ana Nice Martins, que buscará reeleição. Outra é Roseli Oneide Zerbinato, mulher do deputado federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho.
A ex-deputada estadual Ana do Carmo tem o nome ventilado para concorrer a uma vaga no Legislativo, mas ainda não oficializou o desejo de ingressar na empreitada. Após quatro mandatos consecutivos na Assembleia Legislativa, no ano passado ela concorreu a um posto na Câmara Federal. Recebeu 51.818 votos, insuficientes para êxito.
Militantes creditam o cenário à manutenção da crise institucional do PT. O partido sofre desgaste de imagem desde 2014, com o avanço da Operação Lava Jato em cima de figuras históricas do petismo. Em 2016, ano em que Dilma Rousseff (PT) foi cassada, a sigla registrou seu pior desempenho no Grande ABC, não elegendo, pela primeira vez, prefeitos na região.
Em São Bernardo, o prefeiturável petista era Tarcisio Secoli. A despeito de Marinho vir de oito anos de gestão, Tarcisio sequer foi ao segundo turno – disputado entre Orlando Morando (PSDB) e Alex Manente (Cidadania). No campo legislativo, o PT lançou 37 candidatos. Cinco foram eleitos – Joilson Santos, Ana Nice, Toninho da Lanchonete, Tião Mateus e José Luís Ferrarezi. Todos postulantes petistas obtiveram 42.325 votos no total.
Presidente do petismo de São Bernardo, Brás Marinho demonstrou surpresa ao ser indagado sobre a possível falta de candidatos à vereança. Ele negou existência desse tipo de problema. “Nós ainda não estamos debatendo isso. A eleição é só no ano que vem, então essa informação não é verdadeira. No momento não posso dizer que está fácil ou difícil a adesão de candidatos para o ano que vem”, disse. “Temos que dar um passo por vez. No momento, em termos de candidaturas, estamos tratando somente a do Marinho.”
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