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Namorada de Ubiratan sofre ameaça de morte
Do Diário OnLine
14/09/2006 | 20:07
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A mãe de Carla Cepollina, 40 anos, namorada do ex-coronel da Polícia Militar e ex-deputado estadual Ubiratan Guimarães, que foi morto no último sábado dentro do apartamento em que morava em São Paulo, apresentou no início da noite desta quinta-feira uma mensagem gravada em que a filha é ameaçada de morte.

"Carla Cepollina, você matou, você vai morrer. Vai demorar um pouquinho, mas mas você vai acertar as contas. Você mexeu com quem não devia. Vai demorar um pouquinho, mas você vai conseguir chegar onde ele está: sete palmos da terra", dizia o conteúdo da gravação.

Liliana Prinzivali afirmou que a ameaça ocorreu por volta das 16h30 e foi gravada na secretária eletrônica da casa em que ela mora com a filha. Por isso, Carla não compareceu a entrevista coletiva que estava agendada para a noite desta quinta. O conteúdo foi enviado ao DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), que investiga a morte de Ubiratan.

Carla Cepollina é tida como a principal suspeita do crime, porque foi a última pessoa a entrar no apartamento do namorado antes de o corpo dele ser encontrado no domingo.

Investigações - O delegado Armando de Oliveira Costa Filho, do DHPP, disse nesta quinta que a polícia está "muito próxima" do assassino do coronel Ubiratan Guimarães.

Costa Filho disse, porém, que ainda não pode dar um prazo para anunciar à imprensa o nome do assassino. "As provas, na sua grande maioria, já foram todas coletadas. Estamos trabalhando no  aperfeiçoamento delas e estamos também aguardando detalhes que não dependem de nossa boa vontade", disse.

Ele também comentou que o DHPP vai analisar a preocupação do advogado da família de Ubiratan, Vicente Cascione, de que a namorada do coronel possa deixar o país porque tem dupla cidadania (brasileira e italiana).

Ubiratan Guimarães ficou conhecido por comandar, em 1992, a operação na Casa de Detenção de São Paulo que resultou na morte de 111 presos, no episódio que ficou conhecido como o massacre do Carandiru. Em 2001, o coronel chegou a ser condenado a 632 anos de prisão pelas mortes, mas no começo deste ano o Tribunal de Justiça paulista anulou o julgamento e o absolveu.




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