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Médicos franceses falam sobre a doença do Papa
Do Diário do Grande ABC
17/11/2000 | 17:52
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Uma equipe médica francesa de renome foi consultada sobre o mal de Parkinson de que padece o Papa Joao Paulo II, revelou a jornalista Carolina Pigozzi em livro que lançou nesta semana sobre a vida particular do Santo Padre.

A jornalista, especializada em informaçao religiosa da revista francesa Paris-Match, destaca que a consulta foi ``feita dentro da maior discriçao para nao ofender os italianos'. Os nomes dos médicos nao foram divulgados.

Joao Paulo II, 80, que sofre há vários anos do mal de Parkinson, demonstra cada vez mais o tremor do braço esquerdo, enquanto que uma parte do rosto está semiparalisada.

Mais um problema de saúde que se acrescenta às graves seqüelas deixadas pelo atentado de 1981, às operaçoes e mal-estares dos últimos anos.

O Papa há algumas semanas parece vazio, cansado, principalmente durante as audiências das quartas-feiras, que já foram reduzidas.

O mal de Parkinson nao impede às pessoas que tenham sido corretamente atendidas levar uma vida quase normal, explicou Bruno Dubois, especialista na doença do hospital Pitié-Salpetriere de Paris.

``O cérebro sofre uma deficiência de hormônios cerebrais, que diminuem a motricidade dos membros', destacou o neurologista francês. ``Essa carência se manifesta com um tremor muito característico porque desaparece com os movimentos voluntários. Por outro lado, se apresenta uma rigidez anormal dos membros'.

Segundo o médico, ``a evoluçao pode levar à incapacidade dos membros, mas em 90% dos casos as funçoes intelectuais sao totalmente conservadas'.

Joao Paulo II é atendido por seu médico pessoal, Renato Bruzzonetti, assim como pelo cardiologista Patrizio Polista.

Para Carolina Pigozzi, o chefe da Igreja Católica é observado constantemente pelos médicos; quando nao estao próximos, encarrega-se dos cuidados do Santo Padre uma das religiosas polonesas a seu serviço pessoal, Sóror Germana, que se acreditava enfermeira mas que, na realidade, é graduada em medicina, segundo a jornalista.

Apesar da idade e dos problemas de saúde, o Santo Padre planeja algumas viagens. Ano que vem espera poder viajar à Ucrânia, Síria e Polônia, tendo sido convidado também pelas duas Coréias e pelo Brasil.

Uma série de jornadas pesadas sao esperadas para o final deste ano, por ocasiao do encerramento do Jubileu do ano 2000, dia 6 de janeiro de 2001.

A suposta intençao de o Papa renunciar no próximo ano, revelada recentemente por altos prelados europeus, foi secamente desmentida pelo Vaticano.




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