Mavy conta que com as inundaçoes causadas pelas chuvas de verao de 1997, que mataram 78 pessoas só na cidade do Rio de Janeiro, a Cruz Vermelha teve de aplicar cerca de R$ 1 milhao (valor da época) no auxílio a 110 mil moradores. A assistência prestada nos meses de janeiro, fevereiro e março daquele ano, estendeu-se aos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, também bastante castigados com as enchentes. "Distribuímos todas as nossas reservas de alimentos e agasalhos aos desabrigados e esgotamos nossos recursos", afirma a presidente. De acordo com ela, a situaçao financeira da instituiçao antes das enchentes era estável.
Os cursos oferecidos pela instituiçao (pelos quais os alunos pagam uma taxa mensal simbólica) e a manutençao do prédio-sede, inaugurado em 1908 e localizado no Centro, sao custeados por doaçoes. "Nao temos uma verba fixa; dependemos da bondade do povo", diz Mavy, há quinze anos no cargo. Entre as principais atividades da Cruz Vermelha no Rio, destacam-se as da Escola de Enfermagem, que conta com mil alunos inscritos, o atendimento fonoaudiológico a crianças da rede pública de ensino e a manutençao da Pré-Escola, onde estudam 140 crianças.
Mesmo com o reduzido número de funcionários contratados (somente dez dos que lá trabalham sao remunerados; o resto constitui-se de voluntários) os salários estao atrasados há meses. O prédio é tombado e, segundo Mavy, tem custo de manutençao bastante elevado. "Precisamos de pequenas obras reparadoras de tempos em tempos; seria maravilhoso se alguma construtora nos ajudasse", diz ela.
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