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Taiwan teme mísseis chineses
Do Diário do Grande ABC
01/04/2000 | 15:19
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O exército taiuanês está consciente de sua desvantagem em relaçao à China, em matéria de defesa antimísseis, como foi informado por um relatório do Pentágono, publicado pelo jornal norte-americano The Washington Post, disse este sábado um representante militar taiuanês.

Na véspera, o Washington Post havia afirmado que Taiwan é vulnerável a um ataque da China, por suas forças armadas estarem tecnologicamente atrasadas e carecerem de treinamento, devido a seu isolamento, citando um informe secreto do Pentágono.

O documento, altamente confidencial, aponta ``vários problemas' na capacidade militar de Taiwan para se defender de ataques aéreos e de mísseis balísticos e de cruzeiro, disse ao jornal um funcionário norte-americano especialista no assunto, que pediu anonimato.

``Nao treinam e nem mantêm contatos com outros (militares). E como a guerra se tornou mais complexa, se tornou mais difícil aos taiuaneses manejar todas estas novas tecnologias', afirmava o funcionário.

``Nao posso fazer comentários sobre esta questao, até porque nao li o informe', declarou, por sua vez, o ministro taiuanês da Defesa e futuro Primeiro-Ministro, Tang Fei.

``Se o informe for correto, estamos dispostos a aceitá-lo e se nao for, pediremos explicaçoes' aos Estados Unidos, disse. No entanto, segundo um representante militar taiuanês, que também pediu anonimato, a ameaça chinesa ``é muito real'. A China tem realizado importantes investimentos, nos últimos anos, para aumentar seu arsenal, especialmente em matéria de mísseis, afirmou.

A China está instalando, na costa do Estreito de Formosa, parte mais próxima de Taiwan, baterias de mísseis terra-ar de fabricaçao russa, do tipo S-300, de maior alcance que os atualmente mobilizados, informou recentemente o jornal Washington Times.

``A China dispoe de cerca de 200 mísseis balísticos (do tipo M-9) que podem alcançar Taiwan, e a cada ano, sao posicionados mais 50', disse no mês passado em Washington o almirante norte-americano Dennis Blair, comandante-em-chefe das forças dos EUA no Pacífico. Blair afirmou também que sua precisao, no entanto, nao é satisfatória.




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