Política Titulo Após lacrar 1º de Maio
Prefeitura irá cobrar S.Bernardo FC na Justiça por débitos de água e luz

Valor da pendência no período atinge R$ 1 mi; dirigente nega obrigação

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
07/08/2019 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


A Prefeitura de São Bernardo irá executar o São Bernardo FC na Justiça por dívidas referentes a contas de água e luz do Estádio 1º de Maio. Os valores dos débitos ultrapassam a casa de R$ 1 milhão, segundo dados oficiais, e remetem o período desde o início do governo tucano, em janeiro de 2017. O Paço lacrou o equipamento em 12 de julho, um dia depois do vencimento da permissão que havia dado ao Tigre e ao EC São Bernardo para uso do espaço esportivo.

O cenário de despejo efetivo se deu em meio ao processo de concessão da administração do estádio histórico, já chamado de Vila Euclides no passado. “O São Bernardo FC não arcou com pagamento das contas de água e luz. A Prefeitura vai acionar juridicamente o clube para a quitação (desses valores)”, sustentou o Paço, questionado sobre eventuais pendências. A situação se arrasta há um ano, quando a gestão tucana encaminhou a primeira notificação extrajudicial para tratar da desocupação.

“Além disso, o Ministério Público questionou a Prefeitura sobre a utilização de um clube particular no estádio, que é municipal, administrado com verba pública”, emendou o Paço, afirmando que o Tigre foi notificado em dezembro sobre o fim da concessão do estádio e que teria o prazo até 4 de maio para deixar o espaço. “O clube confirmou o recebimento da notificação e que estava ciente da desocupação. Mesmo assim, não acatou.”

Atual presidente do Tigre, o ex-vereador e ex-deputado Edinho Montemor alegou que “nunca houve essa obrigação de pagamento de água e luz” ao São Bernardo. “Isso me soa como desculpa furada. Éramos responsáveis por zelar pelo gramado, alvarás, obras. Colocamos corrimãos ao custo de R$ 80 mil. Mantínhamos a limpeza e segurança. Só vejo razão política (para a decisão da Prefeitura)”, disse Edinho.

Dirigente do São Bernardo até julho de 2017, o deputado estadual Luiz Fernando Teixeira (PT) endossou as declarações de Edinho e falou que, enquanto esteve no comando, “essas despesas nunca ficaram a cargo do São Bernardo”. “Não havia essa demanda.” Segundo ele, “não foi deixado um centavo de passivo para ninguém, seja para fornecedor ou muito menos para a Prefeitura”. “Isso não existe. O São Bernardo, quando saí, não era devedor de absolutamente nada. É afirmação completamente descabida.” 




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