Depois de comprar a tecnologia dos Estados Unidos e aprimorar o exame, o Brasil começa a exportar o teste do pezinho para 12 países. Ele detecta doenças graves, como fenilcetonúria (caracterizada pelo acúmulo no organismo de um aminoácido e que pode gerar problemas neurológicos irreversíveis) e o hipotireoidismo (insuficiência da glândula tireóide que afeta principalmente o desenvolvimento neurológico causando retardamento mental), em recém-nascidos.

Os kits desenvolvidos em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, pela empresa Intercientífica, começaram a ser negociados no ano passado, quando a indústria vendeu 1,2 milhão deles.Com um faturamento mensal de R$ 80 mil a empresa nasceu na incubadora de tecnologia da Universidade do Vale do Paraíba. "Só neste ano os investimentos foram de mais de um milhão de reais", afirma o diretor-proprietário Cláudio Sampaio Filho.

Depois de adquirir a tecnologia e desenvolver o produto, a Intercientífica passou a participar do Congresso da Sociedade Internacional de Triagem Neonatal, onde os caminhos da exportação foram abertos. Hoje recém-nascidos da Grécia, Turquia, Dinamarca, Venezuela, Costa Rica e de outros países fazem o teste com os kits brasileiros.