A empresa investiu inicialmente mais de US$ 2 milhões. O projeto completo, com data de conclusão prevista para 2004, deverá consumir cerca de US$ 10 milhões.

A primeira fase da construção do Campo de Provas Goodyear América Latina é composta por uma reta de 1,6 mil metros de comprimento, com uma pavimentação de alta precisão e coeficiente de atrito aceito mundialmente. Nele serão realizados testes de velocidade, espaço de frenagem, vibrações causadas pelo pneu, entre outros.

A execução de uma pista especial como essa é diferente da concepção de uma rua ou estrada. É uma construção que demanda especificações especiais, e por este motivo todo o asfalto usado na pista é controlado. “Nós temos um fiscal na usina de asfalto e outro na Goodyear para avaliar a qualidade do produto que chega ao campo de provas”, afirma Ricardo Glória Oliveira, coordenador de Engenharia Automotiva no Mercosul.

A terra utilizada na compactação do solo, etapa que precede a primeira camada de pavimentação das pistas, é analisada minuciosamente. “O subsolo tem de se transformar em uma verdadeira rocha. Todos os agregados de pedra, brita e massa asfáltica são liberados por um laboratório especializado e são equivalentes aos utilizados nas pistas de testes da Goodyear de todo o mundo”, diz Roberto Guidi Mancine, gerente de Expansão da Goodyear do Brasil e coordenador do projeto.

Nessa primeira fase do complexo também foram construídas três superfícies especiais de 370 metros de comprimento cada. Uma de paralelepípedo, outra pista de concreto com imperfeições projetadas, e uma terceira de concreto com emendas de pontes. Essas pistas reproduzem diversos tipos de pavimentos, pisos e obstáculos encontrados nas estradas da América Latina.

Com a conclusão da obra, o campo de provas terá 13 tipos de pistas diferentes para avaliar a resistência e a durabilidade dos pneus na absorção de impactos. O local também dispõe de um piso especial e controle de espessura de filme de água para realização de testes em estradas molhadas.