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Esculturas gigantes de orelhas vão invadir SP para alertar sobre saúde auditiva
24/07/2019 | 10:35
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A partir desta quarta-feira, dia 24, quem passear pela cidade de São Paulo vai poder apreciar as 60 esculturas gigantes de orelhas. As obras, de cerca de 2,4 metros de altura estarão espalhadas pelas ruas e praças da capital como parte da campanha "Ear Parade SP 2019" - evento de arte urbana em prol da saúde auditiva.

De acordo com otorrinolaringologista Ricardo Bento, idealizador do projeto junto com a Artery Produções, a Ear Parade é uma campanha de alerta à sociedade. "A audição é o único sentido que está ativo o tempo todo e só nos damos conta de sua importância quando começamos a perdê-la, o que é lamentável, já que estas células, depois de mortas, não se regeneram", explica o médico.

A ação é promovida pela Fundação Otorrinolaringologia e teve início em abril, quando as esculturas coloridas começaram a ser pintadas por artistas plásticos de todo o País, em um grande ateliê montado no Átrio do Shopping Frei Caneca, na zona central de São Paulo.

Agora, as obras ficarão instaladas em diversas regiões da cidade e, principalmente, na Avenida Paulista, onde no domingo, 28, haverá uma caminhada para que os visitantes possam conhecer as esculturas e obter informações e conscientização sobre a perda auditiva.

Quem quiser participar deve ficar atento. O ponto de encontro será na Praça do Ciclista, no final da Paulista, próximo à Rua da Consolação. A caminhada vai começar às 10h e passará pelas 13 obras da Ear Parade que estarão à mostra ao longo da avenida.

Além das esculturas na Avenida Paulista, também será possível ver as obras em outros pontos da cidade: Praça da República, Metrô Tatuapé, Praça Vilaboim, Praça Buenos Aires, Viaduto do Chá, Hospital das Clínicas, Largo da Batata, Jardins, Pinheiros e no Parque Ibirapuera.

A importância da saúde auditiva

A Organização Mundial da Saúde (OMS) elegeu o combate à perda auditiva como uma das cinco prioridades da entidade para o século 21. Cerca de um bilhão de pessoas no mundo, atualmente, correm riscos de ficarem surdas.

Justamente por isso, a OMS criou a Lancet Commission for Global Hearing Loss (Comissão Global Lancet para Perda Auditiva, em tradução livre), a maior ação já feita para fomentar discussões de políticas públicas de prevenção e tratamento da surdez.

"Precisamos orientar as pessoas sobre o problema da perda de audição. Os jovens ouvem diariamente músicas em alto volume, em fones de ouvido que ficam muito próximos do conduto auditivo, provocando um dano permanente à audição. Isso sem falar no preconceito com o uso de aparelhos auditivos, sendo que o não uso deles leva as pessoas a se afastarem do convívio com amigos e parentes por não entender o que conversam. E esse afastamento é ainda mais perigoso porque pode levar à depressão e até acelerar o Mal de Alzheimer em pessoas propensas a ter a doença", alerta o Ricardo Bento, professor titular e chefe do Departamento de Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina da USP.




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