Todos os anos os bancos oferecem linha de crédito aos contribuintes que pretendem antecipar a restituição do IR (Imposto de Renda), porém, de acordo com especialistas, apesar das taxas de juros mais baixas, é necessário tomar alguns cuidados para que a operação não seja um mau negócio.

De acordo com o Cenofisco (Centro de Orientação Fiscal) muitos procuram essa modalidade de empréstimo, pois os bancos praticam taxas de juros que variam de 2,75% a 3,40% ao mês, porém, se houver alguma restrição com relação à declaração do contribuinte na Receita Federal e ele cair na malha fina, a restituição é cancelada e o empréstimo passa a ser corrigido por taxas de juros mais altas.

"Se o contribuinte não precisar do dinheiro em caráter de urgência, é melhor esperar o processamento da Receita Federal, pois a partir de maio a restituição é corrigida pela taxa Selic", explica o advogado tributarista do Cenofisco, Lázaro Rosa da Silva.

Lázaro lembra também que, além dos juros, os bancos cobram taxa de abertura de crédito - que pode ser um valor fixo ou percentual do crédito - e o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) que incidem mensalmente, de modo que quanto maior o tempo para liquidação da dívida, maior será o imposto.

"Se for inevitável obter o empréstimo, é bom ter conhecimento de todos esses fatores e optar pelas menores taxas de juros", finaliza o advogado.