A melhora na informação dos internautas e o investimento dos bancos em segurança ajudaram a manter o nível de R$ 300 milhões em fraudes virtuais no ano passado, segundo estimativa levantada pelo IPDI (Instituto de Peritos em Tecnologias Digitais e Telecomunicações).

Segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), em 2006, foram realizadas 3,2 bilhões de operações financeiras pela internet, número 33% maior que o mesmo período de 2005.

De acordo com o diretor do IPDI, Otávio Artur, mesmo com os altos valores, a tendência é de queda no número de fraudes. “O volume perdido não aumentou, mesmo com o aumento das operações. De forma relativa acabou até caindo”, diz.

Na opinião de Otávio, o maior nível de informação tem sido decisivo no processo de queda desses índices. “As pessoas estão mais atentas e tomam mais cuidado. Sem falar, que as fraudes estão sendo divulgadas, ajudando assim o internauta a não cair em armadilhas.”

Para o diretor executivo da Data Security, Marcelo Lau, mesmo com os alertas feitos, os usuários ainda cometem alguns deslizes. “Mais do que a tecnologia possa fazer, a ingenuidade das pessoas ainda é o elo fraco da corrente”, observa. Segundo ele, o investimento dos bancos em tecnologias como o token-mini – compartimento que gera senhas utilizáveis uma única vez – e novos procedimentos de internet banking têm ajudado na proteção dos sistemas. “A eficácia nos processos de contenção tem sido grande. Hoje é possível para o banco conhecer a rotina de seus clientes e protegê-los quando há alguma alteração em seus acessos”, afirma.

Em seu relatório anual, o CERT.br (Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil) aponta que o número de ameaças denunciadas aumentou 191%, passando de 68 mil, em 2005, para quase 198 mil, em 2006. O instituto divulga em seu site, uma cartilha com as precauções que o internauta deve tomar ao fazer transações financeiras on-line.