Tido como nome de consenso do PSB mauaense para disputar a Assembleia Legislativa, o vereador Ozelito José Benedito não poderá contarcom seus três colegas de bancada. O motivo que fará o socialista sair ‘sem amigos' ao pleito é o mesmo para todos os políticos: compromissos já assumidos anteriormente com outros pré-candidatos.

Dos pleiteantes ao posto em Mauá, o que mais amealhou forças na sigla socialista é Diniz Lopes (PR). O atual superintendente do Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá) terá os votos de Luiz Alfredo dos Santos Simão e Osvanir Carlos Estela, o Ivan. "Tenho simpatia pela candidatura do Diniz por ser da mesma área de atuação que a minha, que é a periferia e com o pessoal do futebol. O segmento do Ozelito é mais complicado", disse Ivan. Ozelito é pastor e, por questões de horário, seria difícil para Ivan apoiá-lo. "Se me proibirem, iremos conversar", completou o parlamentar.

Simão limitou-se a dizer que estará com Diniz "por já ser um compromisso fechado." "A legenda está deixando aberto o apoio. Nós é que sabemos o fardo de cada um para buscar forças", afirmou.

Alberto Betão Pereira Justino já declarou diversas vezes, para a Câmara dos Deputados, que apoiará o nome de Francisco Carneiro, o Chiquinho do Zaíra (PMN). Para deputado estadual, Betão faz mistério. Quando questionado, diz que é "um nome de Mauá." Nos bastidores da Câmara, porém, comenta-se que a preferência do socialista seja Donisete Braga (PT). O petista tenta a reeleição na Assembleia.

Tranqüilidade - Atento à possibilidade de sair sem o apoio dos colegas de Câmara às eleições, Ozelito demonstrou calma ao falar sobre o asssunto. "Não tenho mágoa. Não vou me manifestar porque é uma coisa partidária. Isso foge do meu controle. Ninguém é obrigado a nada", mas política é momentânea, afirmou.

No pleito de 2008, Ozelito foi o segundo candidato a vereador mais votado, com 4.989 votos. O socialista só ficou atrás de Atila Jacomussi (PV), que obteve a preferência de 8.432 eleitores.

Além de Ozelito, nome já sacramentado como pré-candidato ao Legislativo estadual, o PSB de Mauá estuda os nomes do ex-vereador Luiz Grígio e do presidente da sigla, Carlos Thomaz, para pleitear uma cadeira na Câmara dos Deputados. A legenda cogita também a reeleição do presidente do diretório estadual, Márcio França.

Presidente prevê sanções para ‘dissidentes'
Ivan, Simão e Betão terão problemas com a direção do partido se não apoiarem o nome de Ozelito. Pelo menos é o que garante o presidente do partido em Mauá, Carlos Thomaz. "O que eu espero é que os filiados mantenham o compromisso partidário com a legenda. Quem não cumprir, principalmente quem é detentor de mandato, correrá sério risco de parar na comissão de ética partidária", afirmou.

"Eles estão lá mas têm que por na cabeça que o mandato é da legenda, não deles. Eles têm responsabilidades com o partido. Seremos sérios com isso", emendou o dirigente.

Para Thomaz, nada está definido por enquanto. "Nenhum vereador chegou para mim e disse que iria apoiar outro nome. Primeiro tem que ter a convenção. Temos pré-candidatos", disse.

"A partir daí, convocarei os filiados e os vereadores para a responsabilidade que é conduzir uma campanha política", completou o manda-chuva do PSB mauaense.