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Perfil: secretários e demais membros do primeiro escalão
Do Diário OnLine
23/12/2002 | 22:06
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Desenvolvimento Econômico e Social – Tarso Genro (PT-RS)

Formado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Santa Maria (RS), Tarso Genro iniciou sua vida política como vereador do município de Santa Maria pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), em 1968.

Foi eleito vice-prefeito de Porto Alegre pela Frente Popular em 1988 e entre 1989 e 1990 assumiu mandato de deputado federal. Entre 1993 e 1996, foi prefeito de Porto Alegre, sendo reeleito em 2001 para o cargo, que ocupa até hoje. Genro integra o Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores e coordena o Conselho Político da Frente Democrática e Popular.

Ele é professor do curso de extensão universitária da Escola de Governo, no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Comunicação - Luiz Gushiken (PT-SP)

Amigo pessoal de Lula, Gushiken é coordenador-adjunto da equipe de transição. É formado em Administração de Empresas e especialista em Previdência. Foi presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo e se elegeu deputado federal. Também coordenou a campanha presidencial de Lula em 1998, mas após a derrota, havia se afastado da política.

Secretaria-geral da Presidência - Luiz Dulci (PT-SP)

Nascido em Santos Dumont (MG), em 1956, Dulci é secretário-geral nacional do PT e um dos coordenadores da equipe de transição. É formado em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Leciona língua portuguesa desde 1974.

Dulci foi um dos fundadores do PT. Ele coordenou o Movimento Pró-PT (1979) e integrante da primeira Comissão Executiva Provisória (1980). Em Belo Horizonte, foi secretário de Governo entre 1993 e 1996 e da Cultura entre 1997 e 1998.

Dentro da executiva nacional do partido, foi secretário de Organização, secretário de Cultura, secretário de Políticas Sociais, secretário de Assuntos Institucionais e vice-presidente nacional do partido. É presidente da Fundação Perseu Abramo de estudos políticos, sociais e culturais, criada pelo PT. Também foi vice-líder do PT na Câmara e titular da Comissão de Educação e Cultura.

Segurança Institucional – General Jorge Armando Félix

Jorge Armando Félix, 62 anos, é economista, formado pela Faculdade de Ciências Econômicas do Rio de Janeiro. Foi general de brigada no Exército em Brasília, além de diretor de Movimentação, chefe do Estado Maior do Comando de Operações Terrestres e diretor de Transportes.

Direito da Mulher – Emilia Fernandes (PT-RS)

A senadora Emilia Therezinha Xavier Fernandes, 52, é pedagoga, pós-graduada em Planejamento Educacional. Nascida em Dom Pedrito, foi professora por 23 anos. Integrou o Conselho Estadual do Sindicato dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul, onde liderou greves e movimentos estaduais e nacionais.

Foi eleita três vezes vereadora em Sant’Ana do Livramento, cidade onde foi criada. Em 1994, tornou-se a primeira senadora do Rio Grande do Sul. É vice-líder do PT no Senado e coordena a bancada federal gaúcha do partido, além da Bancada Feminina do Congresso Nacional. Também preside o Conselho Parlamentar para o Diploma Mulher Cidadã Bertha Lutz.

Pesca – José Fritsch (PT-SC)

Fritsch, 18 anos, foi prefeito da cidade catarinense de Chapecó e deputado federal. Nascido em Seara, em Santa Catarina, é formado em Ciências Sociais e filho de pequenos agricultores. Em 2002, candidatou-se ao governo de Santa Catarina, mas não chegou ao segundo turno. Apoiou Luiz Henrique (PMDB), que derrotou Espiridião Amin (PPB).

Política Econômica – Marcos Lisboa

Marcos Lisboa, 38 anos, é economista da Fundação Getúlio Vargas e substituirá Arno Meyer na Secretaria de Política Econômica. É mestre pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e doutor pela Universidade da Pensilvânia (EUA).

Direitos Humanos: Nilmário Miranda (PT-MG)

O deputado federal Nilmário Miranda, 55 anos, é formado em Jornalismo pela e pós-graduado em Ciência Política pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Um dos fundadores do PT em Minas Gerais, Miranda foi chefe de gabinete do partido Assembléia Legislativa de Minas entre 1983 e 1985 e secretário-geral do partido.

Nas décadas de 60 e 70, militou o movimento estudantil em Belo Horizonte e chegou a ser preso por três anos e meio. Teve seus direitos políticos cassados por cinco anos. Voltou à militância quando foi solto e liderou o movimento popular e sindical na região industrial da Grande Belo Horizonte.

Foi eleito como deputado estadual constituinte em 1986. Para a Câmara Federal, elegeu-se pela primeira vez em 1990, sendo reeleito em 1994 e 1998. Presidiu a Comissão de Direitos Humanos da Câmara até fevereiro deste ano.

Advocacia-geral da União – Álvaro Ribeiro da Costa

Álvaro da Costa, 55 anos, foi sub-procurador-geral da República, advogado do Incra e suplente de Geraldo Brindeiro (atual procurador-geral da República) no Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, do Ministério da Justiça. Foi nomeado procurador em 1975.

Corregedoria-Geral da União - Waldir Pires (PT-BA)

Francisco Waldir Pires de Souza, 76 anos, é advogado e foi governador da Bahia pelo PMDB entre 1987 e 89. Começou sua carreira política em 1955, quando foi eleito deputado estadual pela Bahia. Em 1964, teve seus direitos políticos suspensos pelo AI-1 (ato Institucional 1).

Na época, exilou-se no Uruguai e na França, retornando ao Brasil em 1970. O deputado já foi filiado ao PTB, PSD, PMDB, PDT, PSDB. Entrou no PT em 1999, quando se elegeu para a Câmara Federal.

Imprensa e Divulgação da Presidência - Ricardo Kotscho

O jornalista Ricardo Kotscho, 54 anos, conheceu o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva em 1978, quando fazia a cobertura das greves no ABC. Ao longo de seus 38 anos de profissão, atuou em diversos órgãos de imprensa, entre eles os jornais Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo e a revista IstoÉ.

Kotscho acompanhou o processo de criação do PT, mas não se filiou ao partido. Tornou-se assessor de Lula por acaso. Tomava café na casa do então metalúrgico quando a Justiça Militar havia acabado de julgá-lo. Lula pediu para que enfrentasse o batalhão de jornalistas que se aglomeravam no local.




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