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Freiburg é para ir e ficar
Rosângela Espinossi
Enviada à Alemanha
29/12/1999 | 17:21
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Bem ao sul do Estado alemao de Baden-Wurttemberg, encravada na regiao conhecida como Floresta Negra, está uma pequena cidade chamada Freiburg (cujo nome quer dizer cidade livre), pela qual qualquer um é capaz de se apaixonar e querer ficar mais e mais tempo nela. A apenas 190 km de Stuttgart (capital do Estado), a cidadezinha foi fundada em 1120 como mercado e se tornou uma das rotas principais do comércio na Idade Média e nos séculos posteriores.

Como praticamente todas as cidades daquela época, tinha muralhas e portoes. Antes eram cinco, agora sao apenas dois, portentosos e altivos, chamados Martinstor e Schwabentor. Perto desse último localiza-se o hotel-restaurante mais antigo da Alemanha, o Roter Bären. Aliás, caminhar pelo centro velho da cidade e observar os detalhes das casas e dos monumentos antigos é um prazer.

Pelas pequenas ruas podem-se vislumbrar casas de séculos atrás, no típico estilo alemao, que abrigam lojas, escritórios e comércio em geral. Por uma tradiçao local, a maioria dessas casas tem nome dado pelos primeiros moradores. Assim há a casa das flores, a casa da baleia etc.

A cada esquina que se vira, há uma surpresa. Saindo da Augustinerplatz (praça dos Agostinhos), onde hoje está o Museu Augustiner, num antigo monastério de agostinho, encontra-se o quarteirao Gerberau, um conjunto de vielas tao antigas quanto típicas e encantadoras.

A tradiçao comercial da cidade mantém-se até hoje, seja pela rua Kaiser-Josephstrasse (onde há lojas de todos os tipos e gostos), seja nas imediaçoes da praça da Catedral, onde diariamente há uma feira diferente, um dia de frutas, outro de flores, outro de artigos de cerâmica e madeira. É lá também que está a histórica casa dos mercadores, centro aduaneiro, comercial e financeiro do século XV. Ao lado dela está a casa Wentzinger, hoje museu histórico de Freiburg.

Catedral - Mas a atraçao principal da cidade é a Catedral de Nossa Senhora, católica, em estilo gótico, que demorou 300 anos para ser construída. Possui 11 capelas e quatro órgaos. Ali, em todas as terças-feiras dos meses de julho, agosto e setembro, há concertos. A Catedral é o único edifício histórico que nao foi destruído durante a Segunda Guerra Mundial. Os demais, como os de Stuttgart, foram reconstruídos de acordo com suas formas originais.

Além de admirar esses e outros monumentos, vale também dar uma olhada pelo chao das principais praças do centro, onde pedras cortadas à mao foram encaixadas uma a uma há séculos, e, depois dos bombardeios, recolocadas da mesma forma.

Em todo o centro velho há canaletas por onde passa água desviada do rio Dreisam, um afluente do rio Reno. Depois que passa pela cidade, essa água desemboca novamente no Dreisam. Isso porque, há séculos, as casas eram todas de madeira e havia muitos incêndios. Esse sistema de canaletas foi feito para que os moradores pudessem apagar rapidamente o fogo, já que a água estava às suas portas.

Além de olhar para o chao, nao se deve perder de vista as montanhas que circundam a cidade. Ao sul, é possível ver as que marcam a divisa com a França. E ao redor da cidade, a Floresta Negra, com tantos e tantos pinheiros juntos formando uma enorme e linda mancha verde-escura. Aliás, uma boa dica para ter uma visao panorâmica da cidade e da floresta é subir ao restaurante Greiffehegg Schlössle, perto do portao Schwabentor (a subida pode ser feita por elevador). É uma visao inesquecível.




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