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PPS pode fazer a diferença em 2012, diz William Dib
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
22/03/2011 | 07:43
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O PPS de São Bernardo, comandado pela família Manente, pode fazer a diferença na eleição municipal de 2012. Essa é a avaliação do ex-prefeito e deputado federal William Dib (PSDB), que organiza a oposição à administração Luiz Marinho (PT).

Para o tucano, os dois principais pontos que levaram o petista a vencer o pleito de 2008 foram os recursos financeiros aplicados na campanha e o apoio, no segundo turno, concedido pelo então prefeiturável e deputado estadual Alex Manente (PPS).

Segundo Dib, a presença de Frank Aguiar como vice na chapa de Marinho e a adesão do ex-chefe do Executivo Maurício Soares ao PT não foram tão preponderantes para a vitória petista quanto à união com o PPS.

 "O PPS já fez a diferença na última eleição e acredito que também pode fazer nos ajudando, vindo com PSDB, ou saindo com candidatura individual. Essas tratativas já começaram, a gente tem conversado, mas não temos nenhum caminho fechado", afirma Dib, ao reiterar que não pretende ser candidato a prefeito, atuando apenas como articulador oposicionista. "Mostrei minha vontade de organizar um grupo que pense a mesma coisa. Terei de construir esse time. A ideia da candidatura não está definida."

A força do PPS está no bom desempenho de Alex Manente na eleição do ano passado, em que foi o candidato a deputado estadual mais votado em São Bernardo (68.127 votos), e na liderança do grupo de centro da Câmara Municipal (são cinco vereadores que, juntos, tiveram 21.577 votos em 2008).

De acordo com Dib, as lideranças aguardam a concretização da reforma política, que deve ocorrer até setembro, para definir o posicionamento. "Mudaria as estratégias, a composição, as alianças."

O tucano observa que, na Câmara Federal, há ao menos cinco propostas diferentes para um dos itens da reforma, que é a forma de votação. As possibilidades debatidas são: a continuidade do atual processo eleitoral, o voto distrital misto, o voto distrital puro, o voto em lista fechada e a retirada da eleição proporcional para entrada da majoritária em todas as esferas. Há ainda discussão sobre financiamento público, ou não, das campanhas, fidelidade partidária, entre outros temas.

 "O Senado está fazendo uma reunião a cada dois dias e apresentará proposta dia 15. A Câmara será mais lenta e apresentará proposta mais perto do fim do semestre. Cada Casa vai direcionar seu projeto e depois vai se tentar juntar as ideias e foros comuns", explica Dib, 2º vice-presidente da comissão especial que atua na reforma.

 

DISPUTA INTERNA

William Dib também comentou a situação interna do PSDB local. Ventila-se que o partido está rachado e que a relação com o deputado estadual Orlando Morando não é boa. "Está havendo coesão", frisa o parlamentar, ao citar consenso para o nome do vereador Admir Ferro como presidente do diretório municipal da legenda - a definição será dia 10. "Não houve disputa na base... Tenho impressão que tem muita fofoca. O PSDB marchará unido, não haverá problema."




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