Três pessoas ficaram feridas nesta segunda-feira pela manha, no Rio, em novo confronto entre ex-funcionários da Fundaçao Nacional de Saúde e policiais militares. Cerca de quinhentos manifestantes tentaram invadir a sede da FNS, no Centro, para falar com o coordenador regional da instituiçao, Guilherme Franco Neto. Para dispersar os manifestantes os policiais jogaram bombas de efeito moral.

Jorge José Eugênio e Robson Mendonça foram atingidos por estilhaços de bombas. Um manifestante identificado somente como Renato foi ferido na perna e levado para o Hospital Souza Aguiar. Até o início da noite desta segunda-feira ele nao havia sido liberado.

Cinqüenta policiais fizeram o policiamento em torno do prédio durante todo o dia. Segundo Gilson Moura, um dos líderes dos ex-funcionários da FNS, o grupo que tentou entrar pelos fundos agiu contrariando a ordem da coordenaçao da manifestaçao, que elegeu seis pessoas para conversar com Franco Neto. "O que nós queremos é que o coordenador leve as reivindicaçoes da nossa categoria até os órgaos responsáveis em Brasília", disse Moura.

Reivindicaçoes - Os manifestantes protestam contra a nao-renovaçao de 6 mil contratos pelo Ministério da Saúde. Desempregados desde 30 de junho, eles vêm fazendo sucessivas manifestaçoes no centro do Rio para chamar atençao para o que consideram "descentralizaçao mal feita" da saúde no Estado. "Estamos revindicando renovaçao contratual de no mínimo seis meses, para que a descentralizaçao seja feita sem prejudicar os funcionários, que dedicaram anos de suas vidas ao trabalho", explicou Moura. No último confronto com a polícia, há uma semana dois manifestantes foram feridos.por bombas jogadas por policiais.