O primeiro-ministro interino do Iraque, Ayad Allawi, afirmou que será candidato às eleições gerais do país no dia 30 de janeiro. Nesta quarta-feira, ele iniciou sua campanha prometendo que sua principal ação será no sentido de unir o Iraque.

A candidatura de Allawi para uma das 275 cadeiras da assembléia nacional já era esperada pelos especialistas. Os eleitos terão a importante função de escolher o governo e desenvolver uma Constituição para o Iraque. Uma vitória do premiê em janeiro não garante, portanto, que ele faça parte da próxima liderança do país.

Ele afirmou que lutará contra as desigualdades, contra o terrorismo e que defenderá o cumprimento das leis. Allawi prometeu que sua atuação política não terá nenhuma ligação religiosa.

O primeiro-ministro tem uma missão difícil pela frente, dentro de suas promessas. Cerca de 80 alianças partidárias já inscreveram candidatos e se registraram oficialmente. Alguns grupos religiosos e políticos ameaçam boicotar as eleições. A segurança no país é um problema grave e uma das principais causas são as diferenças étnicas, religiosas e políticas entre os iraquianos.

Apesar da prisão de Saddam Hussein já completar mais de um ano, rebeldes promovem ataques terroristas por todo o país e as mortes no Iraque, tanto de civis quanto de militares e políticos, ainda não parou.

A indefinição quanto a retirada das tropas da coalizão do país também causam instabilidade. Os guerrilheiros americanos reclamaram publicamente das más condições do exército e o presidente George Bush já afirmou que pretende manter os EUA distante do pleito. Apesar disso, o governo americano, iraquiano e inglês insistem que a data de 30 de janeiro deve ser mantida.