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Florença: no berço do renascimento
Cristie Buchdid
Do Diário do Grande ABC
21/08/2008 | 07:02
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Ainda existe um lugar onde é possível se sentir respirando os ares da época do Renascimento. Florença, na Itália, conhecida por eles como Firenze, é como um museu a céu aberto. As obras de arte renascentistas estão por toda parte, seja dentro de galerias, de palácios e de igrejas, seja decorando praças.

As raízes artísticas da cidade são tão fortes que resultaram em filhos com a mesma veia. Uma das atrações do Centro de Florença é observar alguns artistas pintando, com giz, ‘telas' perfeitas no asfalto da rua. Outros interpretam verdadeiros espetáculos, prendendo a atenção de multidões. Todos vivem da arte de passar o chapéu.

Os que não nasceram com o dom, vendem nas ruas reproduções de telas famosas de eternos mestres, como Michelangelo (1475-1564) e Botticelli (1445-1510), por 10 euros (R$ 24). Se pechinchar, leva pela metade do preço. É a lembrança oficial da cidade, pois depois de conhecer Florença nomes como Michelangelo se tornarão íntimos.

O Centro Histórico é pequeno e deve ser percorrido a pé, com calma, para sentir cada paisagem. Boa parte das construções lembra castelos, e há muitas lojas de grifes famosas adaptadas em prédios antigos.

A sensação é de estar caminhando por ruas medievais, como se um cavaleiro com armadura fosse cruzar a próxima esquina.

A vida social é intensa. Mesmo em baixa temporada, a noite de segunda-feira é quase tão movimentada quanto a de sábado no Centro. Dia e noite, a Piazza della Signoria, nascida no século 13, onde está o Palácio Vecchio (prefeitura), é o principal ponto de encontro.

Os restaurantes que a rodeiam ficam cheios. É delicioso observar as belíssimas esculturas renascentistas fixadas no local. Na entrada do palácio, por exemplo, está uma cópia de Davi, de Michelangelo.

A poucas ruas de distância está o Mercado Novo, com artigos em couro. Ao lado dessa praça de compras situa-se o Porquinho, de Pietro Tacca, uma estátua de porco. É uma tradição passar a mão em seu focinho, que está até desgastado, e jogar uma moedinha para atrair prosperidade.

Por todo o Centro, inúmeras lojas, igrejas, restaurantes e docerias divertem por horas e horas.

Mais à frente está a belíssima Ponte Vecchio, sobre o Rio Arno, a mais antiga da cidade. Construída em 1345, foi a única que sobreviveu aos ataques da Segunda Guerra Mundial. A ponte é coberta por casinhas de ambos os lados, com uma rua no meio.

No passado, as construções foram utilizadas por ferreiros, açougueiros e curtidores, que jogavam o lixo no rio. Em 1593, o duque Fernando I, incomodado com a bagunça e o cheiro ruim, os expulsou. Entraram, então, joalheiros e ourives, que ocupam a ponte até hoje.

Com forte esquema de segurança, as lojas exibem peças caríssimas em suas vitrinas. Todas as tardes, as jóias são recolhidas aos cofres. À noite, policiamento. Observar e fotografar a Ponte Vecchio de todos os ângulos é incansável.




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