Economia Titulo Previdência
Aposentado fica sem reajuste real

Projeto prevê apenas reposição da inflação
para quem ganha acima do piso

Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC
18/04/2012 | 07:30
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Os pouco mais de 7.000 aposentados do Grande ABC que recebem o teto do benefício do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) deverão ter reajuste de apenas 4,5%. O salário deles passaria dos atuais R$ 3.916,20 para R$ 4.092,55 a partir do ano que vem. O reajuste leva em conta só a inflação de 2012, prevista na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2013, encaminhada pelo governo ao Congresso.

Segundo o diretor de políticas sociais da Associação de Aposentados e Pensionistas do ABC, Luís Antonio Ferreira Rodrigues, o impacto da medida deverá ser pequeno, pois apenas 3% dos beneficiários recebem esse valor. Quantia de R$ 1,3 milhão seria intejada na economia da região.

"O fator beneficiário pune aqueles que se aposentam cedo, mesmo cumprindo a exigência de anos trabalhados. Ao parar de trabalhar antes de ter idade avançada, são prejudicados pelas regras providenciarias."

As cidades de Santo André, São Bernardo e São Caetano somam 262.870 aposentados. Deles, 65% recebem mais que um salário-mínimo, R$ 622, tiveram neste ano aumento de apenas 6,08% e para o próximo ano também não há previsão de aumento real na renda. São mais de 170 mil pessoas nessa situação no Grande ABC.

Os aposentados que ganham apenas um salário tiveram os benefícios elevados de R$ 545 para R$ 622 contabilizaram aumento de 14,12% no início do ano.

A LDO encaminhada ao Congresso propõe reajuste do salário-mínimo para R$ 667,75 a partir de janeiro, com pagamento em fevereiro. Em relação ao piso atual, a correção é de 7,3%. O governo estima mínimo de R$ 729,20 para 2014 e de R$ 803,93 para o ano seguinte, incremento de 29% acumulados até 2015.

NO MERCADO - O benefício médio dos aposentados que moram na região é de R$ 1.300. Pouco mais de dois salários. Para complementar a renda defasada, muitos resolvem voltar ao mercado de trabalho. O sindicato dos aposentados estima que metade dos idosos nas sete cidades trabalha.




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