De acordo com o promotor da Vara da Criança e da Juventude de São Paulo Ebenezer Salgado, que participou da visita na unidade da Febem, foram ouvidos de cinco a sete depoimentos “harmônicos” de adolescentes que estão em celas diferentes. Todos descreveram as sessões de tortura. Os menores teriam sido agredidos nos dias 15 de março e 14 de abril.
Em uma nota oficial, a Fundação para o Bem Estar do Menor informa que já foi instaurada uma sindicância para analisar as denúncias e seis funcionários já foram afastados. Porém, a instituição não descarta que os objetos teriam sido plantados por um funcionário que discorda da política educativa da Febem.
A nota da Febem diz ainda que as armas foram apreendidas na noite anterior à visita dos promotores. O departamento jurídico da fundação estaria, no momento da visita da promotoria, indo à unidade buscar os equipamentos de tortura para levá-los à polícia, onde seria registrado um boletim de ocorrência.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, já afirmou que a unidade deve ser desativada até o dia 15 de julho. No entanto, o Salgado afirmou que esse é o terceiro prezado dado pelo governo para desativar o centro. Em princípio, os menores seriam transferidos até abril de 2001 e, depois, até janeiro deste ano.
O sindicato dos funcionários da Febem alega que a direção da unidade Parelheiros persegue os agentes que não concordam com sua linha de atuação.
A unidade Parelheiros era um presídio e foi adaptado para receber os menores da rebelião que destruiu a Febem Imigrantes, há dois anos.
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