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São Paulo manda Carpegiani embora
Da Redação
08/07/2011 | 07:52
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O técnico Paulo César Carpegiani, que já balançava no cargo, não comanda mais o Tricolor. Depois de três derrotas consecutivas, o presidente Juvenal Juvêncio decidiu mandá-lo embora do Morumbi. Apesar de tudo, o clube procurou recorrer à diplomacia ao justificar a demissão do treinador. O tropeço de quarta-feira contra o Flamengo era o que faltava para selar a previsível saída.

O diretor de futebol Adalberto Baptista não mediu elogios ao comportamento pessoal e profissional de Carpegiani. Também destacou o comprometimento dele no trabalho voltado especialmente às categorias de base.

Segundo ele, porém, seria mesmo necessário buscar alguma fórmula que pudesse motivar o elenco. Que de repente sairia da liderança para iniciar a atual e surpreendente queda livre na tabela do Campeonato Brasileiro.

CONFORMISMO

Aparentemente, Carpegiani encarou o gesto do São Paulo sem traumas de maiores proporções. Era como se as duas partes ensaiassem discursos politicamente corretos na hora de falar à imprensa. Ao contrário do que poderia sugerir o , não houve trocas de críticas. A cumplicidade parecia claramente assumida nas declarações bem polidas tanto de um lado quanto de outro.

Carpegiani chegou ao ponto de afirmar, no site do São Paulo, que dirigiu uma das melhores equipes do planeta. E que sentia muito orgulho disso. Não faltaram clichês do tipo "dei o máximo de mim". só que os imprevistos o atrapalharam. Entre os vários itens citados, ele se referiu às contusões ou suspensões, além de ficar sem jogadores importantes que passaram a defender o Brasil na Copa América (Lucas) e diversos garotos incluídos no grupo sub-20 para disputar o Mundial.

Carpegiani, contratado em outubro do ano passado para ocupar a vaga de Sérgio Baresi, admite que conseguiu fortalecer a estrutura implantada no São Paulo. Segundo ele, é o legado que ficaria para o sucessor.

EMMilton Cruz, invariavelmente convocado nas piores crises, reassume provisoriamente a cadeira que anteriormente pertenceu a Ricardo Gomes e Sérgio Baresi. O primeiro desafio do interino é o Cruzeiro, ascendente nas mãos de Joel Santana, sábado, às 18h30, em casa.

RETROSPECTO

As eliminações do São Paulo no Campeonato Paulista e na Copa do Brasil complicaram demais a permanência de Carpegiani. No Brasileirão, foram cinco vitórias consecutivas que o levaram à ponta do torneio nacional. Em seguida, vieram três derrotas que o deixaram no fio na navalha entre sair ou sobreviver. Sobraram vaias nas arquibancadas, principalmente daqueles que cobravam Rivaldo como titular. Ele insistia em manter o pentacampeão no banco de reservas.

Não havia como impedir os desgastes provocados também pelos frequentes atritos que colocavam o atacante Dagoberto no epicentro dos conflitos. Em 46 jogos, Carpegiani obteve 29 vitórias, quatro empates e 13 resultados negativos - o percentual de pontos atingiu a exatos 66%.




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